Após os "mórbidos" eventos do episódio anterior, Rhaenyra A Cruel carrega em seu próprio nome a espera das grandes consequências que devemos esperar do novo episódio de A Casa do Dragão, ainda seguindo na constância do episódio anterior, mas conseguindo adicionar momentos mais únicos não só para os personagens que já tiveram destaque no primeiro, mas para aqueles que ainda precisavam "sair" um pouco da primeira temporada.

Seguindo o popularmente conhecido como "Sangue e Quieijo", vemos os Verdes e os Negros acirrando ainda mais as rivalidades que nos presentearão com a querida "Dança", que todos esperam ainda mais ansiosos. Falando de forma respectiva, após um final meio anticlimático, não pela suposta "falta de violência, ou qualquer baboseira dessa, e sim mais na conta da falta de qualquer tensão numa cena que deveria ter um suspense a mais, o segundo episódio consegue repor isso ao apresentar o luto na corte do rei Aegon (Tom Glynn-Carney), principalmente do próprio governante, quanto da Rainha Haelena (Phia Saban).

Tanto que é na marcha fúnebre em homenagem ao falecido Jacaerys, que a direção, aqui de Clare Kiner mais se destaca ao conseguir condensar a tristeza e o remorso da rainha (e mãe da criança), em contraste da manobra política para o enfraquecimento do apoio popular à Rhaenyra, definida pelo próprio título do episódio, além também da cena inicial, com a correria no castelo após o derradeiro evento.

Em relação ao Aegon, é muito bom poder num episódio ver os dois lados da moeda, entre o rei delinquente e impulsivo e a figura chorona, principalmente no que tange o relacionamento com Otto Hightower (Rhys Ifans), seu avô, e como isso vai afetando a autoridade deturpada que o rei vem preservando, com o que parece poder trazer futuras consequências drásticas, ao termos mais olhares do povo nesse episódio.

E em mais uma presepada, ainda temos um maior aprofundamento do relacionamento entre Alicent (Olivia Cooke) e Sir Criston Cole (Fabien Frankel) , que algumas vezes parece andar numa tênue linha entre um interessante conflito para os dois personagens, dado que é um dos pontos que desencadeou a morte do pequeno herdeiro, e ser um pouquinho chato acompanhar. Ainda é cedo para definir totalmente, afinal, estamos no segundo capítulo numa história que ainda se extenderá por mais 6 semanas, porém que ainda pareceu ser tratada de forma meio esquisita, em cenas que parecem não querer focar no que deveriam entre eles.

Já para os Negros, Rhaenyra (Emma D'arcy), que teve uma participação um pouco limitada, mas entendível, no episódio anterior, que ainda focava um pouco mais em seu luto pela morte de seu filho Lucerys, volta aos holofotes tentando lidar com a crise que desencadeada por Daemon (Matt Smith), o que aumenta um pouco a relação conturbada entre os dois e desembocando numa ótima cena de discussão entre os dois.

Contudo, as histórias mais adjacentes à eles, como a dos Velaryon, parecem ainda caminhar por passos de tartarugas o que cria um pouco de lentidão no jeito em que certas partes do episódio vão se levando, e mostra um certo "escanteamento" para personagens que teriam um potencial, por enquanto, de serem mais importantes.

E chegando ao fim, a última parte dos episódio nos presenteia com a uma quase literal cereja no bolo, ao dar um fechamento satisfatório para o conflito entre os gêmeos Arryk e Erryk (Luke e Elliot Tittensor), que mesmo não sendo a cena final do episódio, desdobra-se em uma ótima cena de luta final.

Em geral, o segundo episódio se compromete bem com a qualidade que a série se propões desde a primeira temporada, então o que importa é seguir curtindo e acompanhando cada mais uma vez o aprofundamento na guerra, e seu efeito devastados nos personagens, até porque não é só de sangue que a história nos deve alimentar.

NOTA: 8,5



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