Desde sua primeira participação em Thor, Loki (Tom Hiddleston) demonstrou potencial e uma vontade de ser alguém, de conseguir realizar atos grandiosos, pois teria nascido para isso. Ao longo dos anos, o personagem passou a ganhar cada vez mais destaque, sendo o primeiro grande oponente dos Vingadores lançado em 2012.

Sabemos que Loki acarretou mortes e ressurreições, mas tudo acabou nas mãos do titã Thanos, que matou o irmão de Thor e encerrou a sua história no Universo Cinematográfico da Marvel. Só que Loki acabou tendo uma nova chance, graças à viagem no tempo dos heróis que ocorreu em vingadores ultimato lançado em 2019.


A tentativa de fuga de
Loki e sua captura pela TVA mostraram que toda a sua vida foi basicamente inútil. Ele realmente nasceu para perder, mesmo que acreditasse estar destinado a ter um glorioso propósito. Em toda a primeira temporada de Loki, é exatamente isso que ele busca, se envolvendo em uma trama que envolvia realidades alternativas, Variantes, e até mesmo ter se apaixonado por uma versão variante sua, o que deixa claro o seu narcisismo.

 Já na segunda temporada, Loki  conseguiu avançar muito bem a trama geral do MCU, e sendo peça fundamental da Saga do Multiverso, como também explora e desenvolve o personagem interpretado por Tom Hiddleston, finalmente mostrando onde ele merece estar dentro do grande esquema do Universo Marvel nas telinhas. 

A segunda temporada de Loki começa exatamente de onde a primeira terminou, com a TVA em perigo após a morte de Aquele que Permanece sem nenhum time skip ou algo do tipo, poderíamos começar uma embalada na outra, pois não houve nenhum espaço temporal entre uma e outra. A nova temporada resolveu boa parte das dúvidas deixadas nos episódios anteriores, explicando logo de cara por que Mobius (Owen Wilson) não reconhecia Loki, que começa a "deslizar" pelo tempo sem controle. Esses primeiros capítulos da temporada, enquanto eram exibidos, demonstravam uma correria sem tamanho, não perdendo tempo na tentativa de avançar a trama. Ao chegar ao final dos seis episódios, é possível dizer que esse clima desenfreado faz sentido, demonstrando a urgência que Loki tem para tentar resolver tudo antes que a destruição iminente chegue.


Isso leva Loki a conhecer Ouroboros (OB), que é interpretado por Ke Huy Quan (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo), e foi uma excelente adição ao elenco, por conta do carisma do personagem. OB tem um papel muito importante, e é responsável por todas as criações da TVA, podendo ajudar Loki e Mobius a tentar resolver os problemas relacionados às timelines que estão em colapso.



 
OB fica com o lado da pseudociência, tentando apresentar explicações técnicas por trás do motivo pelo colapso de todo o multiverso. Apesar de boa parte dos episódios serem tomados por esse lado científico, causando ainda mais loucura, isso serve para mostrar como Loki está disposto a crer em qualquer solução para o seu problema, levando em consideração a ironia de um Deus acreditar na ciência.

Esta temporada mostra que, por mais que, por outros motivos, ele continua tentando encontrar o jeito "inteligente" para resolver qualquer problema, mas se frustrando cada vez mais até entender exatamente as razões reais pelas quais tanto luta em sua vida.

Multiverso:

Deixando claro logo no inicio a Serie Loki vem antes cronologicamente, de qualquer outra obra que trata o Multiverso, por isso não temos a AVT em Doutor Estranho no Multiverso da loucura, ou até mesmo em Homem – Aranha: sem volta pra casa, e nem os Iluminati na serie LOKI. Logo então todas as obras posteriores acontecem com Loki sendo o Deus central.

No desespero de tentar resolver os problemas de todo multiverso, Loki e Mobius acabam cruzando o caminho de Sylvie (Sophia Di Martino), que após eliminar a variante “Aquele que Permanece”, partiu para uma nova timeline para tentar viver sua vida, e Victor Timely, uma outra variante de Kang que deu início às invenções que criaram a TVA.

Personagens:  


Victor Timely (
Jonathan Majors): O ator faz um excelente trabalho interpretando Sr. Timely, traz uma versão diferente do esperado para uma variante do vilão Kang, mostrando que existem versões não propriamente cruéis e malignas do personagem, mas muito egoísta e egocêntrico levando em conta que tem pavor de dividir seus méritos com outra pessoa.

• Mobius (Owen Wilson): roubam a cena em uma das duplas de maior carisma de todo o Universo Cinematográfico Marvel, porque seus personagens enfim se entendem amigos e não apenas colegas de trabalho, passando por momentos simples em meio ao caos.

Sylvie (Sophia Di Martino): A participação da personagem na segunda temporada, depois de ser um dos pontos altos da primeira, ficou bem abaixo do esperado. Talvez pela personagem não ter muito o que fazer, ela acaba se tornando apenas uma figurante de luxo em boa parte dos episódios, sem ter muito impacto na história além de trazer um peso emocional para as escolhas tomadas por Loki.

Ravonna Renslayer (Gugu Mbatha-Raw): Tinha uma trama intrigante e servia como um interessante contraponto na linha tênue do antagonismo às vontades dos protagonistas, agora, ela se limita a aparecer e sumir não só de acordo com a necessidade do roteiro. No final Ravonna esta no limbo e da de cara com Alioth, em teoria era pra ela morrer, mas sabemos que nas HQ’S a mesma já foi até par romântico de kang, então fica esse futuro em aberto.

Senhorita Minutos (Tara Strong): A inteligência artificial em forma de reloginho da Disney roubou a cena com suas poucas participações, sendo peça central da temporada e se mostrando uma verdadeira psicopata. Sua paixão doentia pelo criador e seu desejo de ter um corpo humano para poder se relacionar fisicamente com ele foi tratado de forma extremamente desconfortável, além dela ter momentos bizarríssimos, como na cena em que ela vê um batalhão de soldados se explodido, com direito a som de ossos quebrando e sangue jorrando, e a Minutos encarando eles com um sorrisão no rosto, quase empolgada com a chacina. Numa produção com tantos vilões em potencial, aquela de aparência mais infantil se mostrar o maior monstro foi uma gratíssima surpresa.

Ouroboros  (Ke Huy Quan): O ator vive uma fase maravilhosa, a melhor de sua carreira, e escalá-lo para esse papel, que explora ao máximo seu carisma, foi um grande acerto. OB é o principal pilar da AVT, alhures no começo, acabou passando séculos sendo esnobado. A energia do ator em cena, passando do nerdzinho excluído a alguém que entendeu sua própria importância com o passar dos episódios, é impressionante.

LOKI e seu propósito:

No quinto episódio, que parece não trazer nada que avance a trama, mas pode ser o mais importante da série. É nesse episódio que Loki finalmente entende um motivo real para fazer o que faz indo além de sua simples vontade de se dar bem por merecer um trono que nunca foi seu.

Boa parte das Variantes do Deus da Mentira que conhecemos ao longo da série busca um reconhecimento e um propósito que nem mesmo eles sabem exatamente qual é, apenas querem. Ao literalmente ver sua vida perante seus olhos, Loki percebeu que nasceu para perder. Que a existência dele consiste em ajudar os outros a terem uma chance de alcançar o seu potencial. Sendo basicamente uma escada e nada mais.

Foi assim com seu irmão Thor, até mesmo com os próprios Vingadores, que só se uniram pela primeira vez por causa dele. Após tentar compreender a ciência por trás da TVA e comprovar que ela não serve para nada, Loki mostra que tudo o que foi jogado nessa temporada o levou a um ponto em que ele finalmente entende o seu verdadeiro propósito.

Loki não quer perder os seus "amigos". Ele entende que, ao fazer o que precisa, pode desencadear uma guerra que trará fim a tudo. Só que aquilo que pode vir em seguida pode ser melhor. Loki entende que seu Glorioso Propósito não é vencer, mas sim, ser o Deus que dá uma chance para os outros lutarem por algo melhor.

Dessa forma, deixa claro que a série de Loki serve como finalmente o pontapé para a grande guerra multiversal que vimos e também veremos em Vingadores: Guerras Secretas, que pode muito bem trazer o soft reboot do MCU. Só que ela possivelmente também serve para fechar um ciclo de um dos personagens mais marcantes e carismáticos do Universo Marvel, interpretado de maneira magistral por Tom Hiddleston, e finalmente entregando a ele aquilo que ele sempre procurou, mas nunca encontrou, pois sempre tentar dar um jeito para sair por cima de todos.

Opinião sobre: 

LOKI teve uma segunda temporada excelente, se tornando uma das melhoras obras de todo MCU, com uma perfeita pontuação para o arco do protagonista, ver que LOKI subindo os degraus do tempo e pegando os fios do destino então criando a Yggdrasil, começar tudo é simplesmente incrível! E vai subindo até a pedreira da criação é o puro suco da mitologia nórdica, para quem é fã de mitologia se tornou uma cena surreal e emblemática. Melhor serie da Marvel disparado e esta no topo das melhoras coisas do MCU.


NOTA: 10/10

Média das notas dos episódios:  7,33

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