Não é incomum encontrar muita gente por aí dizendo que é muito difícil achar um bom filme original Netflix. É bem verdade que a plataforma aposta em quantidade e diversidade de conteúdos, mas as vezes a gente acha um bom exemplo de que é possível acertar dentro dessa fórmula.

Uma dupla de ladras que são grandes amigas decidem não querer mais esse trabalho, e buscar novos horizontes. Mas para conseguirem saírem, precisam realizar um último roubo.

Dirigido e protagonizado por Mélanie Laurent (Bastardos Inglórios), o longa consegue manter uma certa originalidade dentro de um gênero tão explorado. Aqui, as enormes cenas de perseguição e tiros, mesmo que ainda existam, dão lugar a uma amizade forte e a um clima mais esperançoso. É claro que essa ideia não funciona durante toda a projeção, já que em alguns momentos, algumas cenas de ação fazem falta. Mas é interessante acompanhar uma visão e execução que não se propõe a repetir algo tão usado, principalmente dentro do próprio catálogo da Netflix. 

Durante as quase 2 horas, somos levados a conhecer as duas protagonistas: Carole e Alex (Adèle Exarchopoulos). Grandes amigas, as duas cuidam uma da outra, além de formarem uma bela dupla como ladras. O roteiro fortalece essa relação com diálogos que mostram o quanto elas se conhecem, desde momentos profissionais até os relacionamentos delas com outras pessoas. Aproximadamente na metade do filme, uma terceira mulher aparece para ajudar no último roubo: Sam (Manon Bresch).

Com um final que talvez desagrade uma boa parcela do público, já que, embora tenha ficado claro como a protagonista conseguiu escapar, é possível imaginar que muita gente vai reclamar pelo fato dessa explicação ficar subentendida.

“As Ladras” está longe de ser uma novidade para o gênero de ação, mas consegue chamar a atenção por buscar pequenas diferenças para fugir de diversos clichês que esses filmes adoram abordar.

Nota: 7,0

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