É inegável a popularidade que Daryl Dixon (Norman Reedus) conseguiu atingir ao longo das 11 temporadas de The Walking Dead. O personagem que começou com um papel não tão importante na série foi crescendo com o tempo, e entre a segunda e terceira temporada teve seus melhores arcos. Junte a isso o seu visual e sua besta, e temos talvez o personagem mais querido desse universo. 

Depois do final da série principal, 3 spin-offs foram anunciados, e confesso que, mesmo Daryl sendo meu personagem favorito, esse era o que eu menos tinhas expectativas. Talvez por não imaginar como poderia ser o desenrolar da história, ou por achar que a AMC apenas queria usar a imagem dele para vender mais uma série, me enganei. The Walking Dead: Daryl Dixon é uma das melhores coisas que teve nos últimos anos para a franquia. 

Devido a diversos fatores, Daryl chega na França e após um incidente, é resgatado pela freira Isabelle (Clémence Poésy) para que ele ajude ela em uma missão: levar o pequeno Laurent (Louis Puech Scigliuzzi) para o Ninho.

Algo que diferencia essa série de sua anterior (Dead City) é a construção de bons personagens coadjuvantes. Isabelle praticamente é uma co-protagonista, e mesmo que apenas em 6 episódios, a gente se importa e torce por ela. O mesmo acontece com Laurent, que em alguns momentos faz a gente sentir raiva, algo comum com crianças em The Walking Dead, mas isso vai mudando conforme a temporada avança.


Se diferenciando quase que totalmente da série principal, aqui tem mais elementos de um mundo medieval, desde as armas, as comunidades e as próprias roupas dos personagens, além do cenário e de uma bela fotografia. O valor de produção é de uma boa qualidade desde os primeiros frames.

Um ponto que o programa consegue se corrigir são os momentos de ação. Nos primeiros episódios, confesso que tive dificuldade de conseguir lembrar de algum momento realmente marcante, algo tão comum em The Walking Dead. Porém, principalmente no quinto e sexto capítulo, isso muda. Os momentos com os zumbis mais fortes, ou as cenas de flashback mostrando a trajetória de Daryl até a França, por exemplo, trazem uma alteração de rumo nesse aspecto da série, algo que aumenta o impacto do projeto.

The Walking Dead: Daryl Dixon é um frescor para a franquia, trazendo algo que talvez não era visto há uns bons anos dentro da mina de ouro da AMC.

Nota: 8,0

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