O episódio final de “Ahsoka” traz revelações grandes e um novo caminho para se aventurar nessa galáxia muito, muito, distante.


🚨🚨POSSÍVEIS SPOILERS!🚨🚨

Infelizmente, Ahsoka chegou a seu fim, mas sem antes dar alguns fechamentos de arcos para essa primeira parte da aventura de Ashoka e o restante da tripulação da nave Fantasma (protagonistas de Star Wars Rebels) e revelar os planos maiores que o agora ressurgido inimigo que promete reerguer o caído império. Nesse episódio, acompanharemos Ahsoka, Sabine Wren e Ezra Bridger tentando impedir a fuga do Grande Almirante Thrawn do planeta em que se mostrou preso, o que pode ser um tanto trabalhoso para o trio nesse momento.

Antes de mais nada, quero ressaltar que esse é o episódio mais pragmático da série até o momento, tudo o que vimos até este último capítulo não foi nada menos do que um prequel da verdadeira história que foi iniciada aqui. Não digo isto de forma pejorativa a série, mas é aqui que começamos a entender e saber qual é a grande sacada dessa série para o futuro da franquia nesse período. A trama vai onde necessita, agilmente, ir para a luta contra o exército de troopers mortos-vivos de Thrawn com objetivo de impedir que o vilão saia daquele planeta, sem firulas como aconteceu, por exemplo, no episódio passado, apesar de necessária, não engrenou como devia, aqui, por outro lado, temos significados, ação, diversão, planos e contemplação. Os arcos aqui vão se unindo, ao mesmo tempo em que eles vão se fechando naquela mini trama dentro do arco maior, a busca por Ezra acabou de forma eficiente, a busca por Thrawn também, o arco de espiritualidade de Ahsoka, a branca, termina. Mas a história de Baylan e Shin Hati não se encerraram, esta última, sendo um total incógnita agora. Mas talvez se inicie um dos arcos futuros mais promissores de toda a franquia nesse período.

A equipe de roteiristas, assim como a direção de Rick Famuyiwa (figurinha carimbada da franquia no streaming) trabalhou muito bem toda essa conexão de arcos em um único episódio sem deixar muitas firulas para trás e não limar elas da narrativa de forma precoce e sem sentido. No entanto, para se trabalhar tudo isso, necessitou de fato de um ritmo mais apressado para esse episódio, a resolução de acontecimentos, diferente dos episódios anteriores, mais calmos, principalmente devido ao número de plots trabalhados em uma curta lista de episódios, o roteiro se encarrega de fechar quase tudo com muita perseverança e custo, embora o ritmo de como alguns acontecimentos se fecham possa não cair nas graças de alguns, para mim o fez perfeitamente o que era necessário.

Um personagem que para mim foi bem desperdiçada nesse episódio foi a Morgan Elsbeth, que finalmente havia se transformado em uma Grande Mãe pela sua lealdade a causa de thrawn, e no fim ficou evidente que a trama já não tinha mais espaço para ela na série, já que minutos depois após uma luta de igual com Ahsoka bem maneira, é morta de forma anticlimática e até mesmo sem honraria alguma, sendo bem semelhante a morte frouxa do Moff Gideon na terceira temporada de Mandaloriano, só que menos horrenda.

Por outro lado, tenho que deixar claro outros aspectos positivos no episódio, que são destaques durante a projeção, começando a dizer que finalmente a série deu espaço para as lutas com melhores coreografias que as antes apresentadas, com mais ritmo e nem tanto corte, se destaca a luta, como já mencionado, da Ahsoka e Morgan, que trouxe de volta o estilo de luta samurai da franquia sendo uma das melhores lutas apresentadas. O cenário é de ponta, principalmente quando falamos da nave Destroyer de Thrawn, a Chimera, tanto por fora quanto por dentro, é assustadora e belíssima. A trilha sonora também muito competente, trazendo uma composição levemente assustadora para o exército de Stormtroopers mortos invocados pelas bruxas, muito boa.


E não posso deixar de mencionar o final triunfante de Thrawn e de seu plano concluído com sucesso, com Ahsoka e Sabine agora presas no planeta dessa vez (por enquanto), além da contemplativa cena final do episódio com um orgulhoso Anakin Skywalker, um fantasma da força, observando enfim, sua aprendiz seguindo os seus próprios passos sem medo do que o futuro pode reservar a ela, podem reclamar de mais um fanservice, mas trazer o personagem nos minutos finais do episódio mostra a intenção de ser condizente com a história da Ahsoka, então nada mais justo, ter um final digno assim. Conclusão: Desculpem se deixei de apontar várias situações, cenas, personagens, mas eu quero dedicar algumas delas na minha crítica completa da série que em breve estará a caminho. Mas esse episódio foi um encerramento ideal a uma série de Star Wars (não mais minissérie, já que o obviamente teremos uma segunda temporada) que a um bom tempo não se via, não é o melhor episódio da série, mas certamente e o que deu margem para termos um pequeno vislumbre dos caminhos que vamos seguir daqui em diante.

Nota: 8,5

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