Filme baseado em fatos reais conta sua história de maneira de forma bem leve e um desenrolar bastante satisfatório.
Em 2011, o empresário David Fishwick fundou o seu próprio banco na cidade de Burnley no interior da Inglaterra com o intuito de ajudar as pessoas e as empresas pequenas que não recebiam o devido apoio do sistema bancário tradicional. Desde então, o Bank of Dave já chegou a emprestar mais de 30 Milhoes de libras para famílias e negócios locais e todo os seus lucros vão para instituições de caridades. Tendo uma história tão inspiradora com intenções tão nobres, um filme sobre a trajetória de Fishwick para construir o seu negócio acabou sendo feito com o título "Dave Contra os Bancos".
Nessa história baseada em fatos reais, o advogado Hugh (Joel Fry) é enviado à cidade de Burnley para ajudar o empresário idealista Dave Fishwick (Rory Kinnear) à abrir o seu próprio banco com o intuído de ajudar as situações financeiras de sua comunidade. Comovido pelas boas intenções de Dave e a simpatia de sua família e amigos, Hugh também fará de tudo para ajudá-lo a lutar contra o sistema corrupto dos bancos tradicionais que querem impedir que seu negócio siga em frente.
Apesar de utilizar locações bonitas que remetem à cidade de Burnley que enaltecem suas diferenças com Londres, visualmente, o filme não é muito impressionante. A direção de Chris Foggin também é bem básica e não apresenta ser nada muito inovador, porém seu trabalho em executar essa história não chega a ser ruim, ele na verdade ainda se mostra bastante aceitável com a proposta que lhe foi entregue.
Em relação ao personagem-título, Rory Kinnear interpreta Dave de uma maneira que aparentemente remete bastante a pessoa real. Desde o começo do filme, Fishwick é retratado como alguém simpático que gosta de passar seu tempo que karaokês com seus amigos e família amorosa e possuiu intenções puras e genuínas de ajudar as pessoas da sua cidade conseguindo a aprovação para construir seu banco. Junto com o seu personagem, também é passado constantemente uma bela mensagem sobre apoio à comunidade que chega a ser um alívio por mostrar que ainda há bondade nesse mundo.
Apesar dessa história ser sobre David Fishwick, o filme foca bastante no advogado londrino Hugh, e esse foco é feito de uma forma que faz parecer com que ele seja o protagonista. Por dar muita ênfase no seu ponto de vista, existe um contraste notável entre Londres e Burnley no começo. O longa faz um bom trabalho em desenvolver a relação de Hugh com o próprio Dave e sua sobrinha Alexandra (Phoebe Dynevor) de uma forma que ajuda o desenvolvimento da história a ser mais engajante principalmente quando introduzem questões que envolvem finanças e advocacia.
No final das contas, "Dave Contra os Bancos" é um filme bem feito que soube como retratar a história do empresário que mostrou determinação para lutar contra um sistema falho e corrupto e que usou o seu sucesso para ajudar os mais necessitados em um longa-metragem biográfico que possuiu uma direção aceitável, atuações competentes, casos engajantes, uma bela mensagem sobre comunidade e uma conclusão bastante satisfatória que transmite sensações boas.
O filme estreia amanhã (28) nos cinemas.
Nota: 8/10
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