Juntando as pontas do que aconteceu nos dois últimos episódios, o sétimo e penúltimo episódio de Ashoka traz quase todos os personagens principais principais para o "mesmo ambiente", preparando o terreno para seu final na próxima semana.
Infelizmente, o episódio já começa numa baixa tremenda. Durante algum dos episódios anteriores, tivemos uma construção de um atrito entre Hela (Mary Elizabeth Winstead) e o Senado, principalmente com o senador Hamato Xiono, devido a ter usado sua posição de general e passado por cima de ordens diretas para ajudar Ashoka (Rosario Dawson) e Sabine contra o plot do retorno de Thrawn, o que era tudo muito interessante, estabelecendo essa camada de desconfiança e arrogância que seria a queda da Nova República. Porém o jeito que isso é resolvido é muito porco, só servindo para um fanservice mal feito do C3-PO.
Porém, indo adiante, voltamos à Ashoka e Hyuang (David Tennant), ainda dentro das Baleias Cósmicas, conseguindo chegar à Peridea, mas sem antes tendo que lidar com os "obstáculos" postos pelas tropas de Thrawn (Lars Mikkelsen), o que nos traz a, provavelmente, a melhor "sequência", se é que se pode denominar assim, de literal "Guerra nas Estrelas" de toda série, desde as a fuga da "nuvem de explosivos" até a parte dentro dos "destroços" que envolvem o planeta, que considero alguma das cenas mais bonitas da série em geral.
Mas o momento que todos realmente esperavam nesse episódio é finalmente poder reencontrar Erza Bridger depois de tanto tempo. Obviamente já tínhamos visto o pequeno reencontro que ele e Sabine tiveram ao final do último episódio, mas aqui é que realmente podemos ver mais dessa versão do personagem, interpretada por Eman Esfandi, que mesmo com as lente azuis fazendo parecer que ele saiu diretamente de Duna, reencontrar esse personagem mais velho, diferente, contudo experiente é um deleite. Porém o episódio derrapou muito em ter cortado a extensão desse encontro inicial e ter pulado para eles já falando, enquanto já andavam pelo planeta, cortando muito da emoção.
No mais, as partes dentro do planeta mesmo apresentam cenas de lutas bem legais, tipo o cerco que os Stormtroopers e a Hati (Ivanna Sakhno) fazem a Erza e Sabine, o que é interessante ao demonstras as habilidades de combate do "ex-Jedi", e a luta, frente a frente de Ashoka com Skoll (Ray Stevenson), além das cenas que mostram mais um pouco da dualidade nas relações de mestre e aprendiz da Jedi e Mandaloriana com os dois caçadores de recompensas.
Mesmo tendo seus pontos altos, ainda é meio absurdo em como a série não consegue construir um peso maior para seu último episódio. Mesmo que a história inteira dessa série girasse em torno de impedir o retorno de um dos seres mais perigosos e calculistas da história da Galáxia e que isso pode romper a Nova República, mas isso parece não significar nada demais, mesmo quase no final da série. Motivos que podem apontar para isso é a obra querer tentar ser uma pseudo-continuação de Rebels, que usa uma personagem, que nessa "parte da história", devia ser apenas de apoio, mas é elevada a personagem principal, (Ashoka), mesclando a um plot batido de ameaça a República/Nova República
Um sintoma grande dessa falta de emoção que esses episódios finais é a personagem Morgan Elsbeth (Diana Lee Inosato), que é totalmente desinteressante em tudo que fez e faz, e que aparentemente era pra ser uma das vilãs principais, mas até agora não mostrou a que veio e só gasta tempo de tela sendo engolida pelos personagens bem mais interessantes, e que provavelmente vai ser logo esquecia após qualquer direção que o episódio final tomar com ela, exatamente porque ela estava mais como um plot device para chegarmos até o Thrawn, e ficou perdida no meio das diferentes facetas da história principal.
Em geral, é um episódio um pouco melhor que o anterior, e a presença de Ezra traz um pequeno frescor para esse final de série, mas não o suficiente para que deixe alguém preso a qualquer aspecto interessante da série, que parece ter sido feita com todas as decisões erradas em mente.
Nota: 6
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