Série estrelada por uma das personagens mais queridas pelos fãs de Star Wars permanece bastante consistente até o momento.

Diferentemente dos dois primeiros episódios que estrearam semana passada simultaneamente no Disney+, o terceiro capítulo de “Ahsoka” entitulado “Hora de Voar” conta com a direção de Steph Green (Watchmen, O Livro de Boba Fett) ao em vez do criador da série Dave Filoni (The Mandalorian, Star Wars: A Guerra dos Clones) que permanece como roteirista. Na história, Ahsoka Tano (Rosario Dawson) continua o treinamento Jedi de Sabine Wren (Natasha Liu Bordizzo) em meio de sua jornada para encontrar Ezra Bridger. Enquanto isso, Hera Syndulla (Mary Elizabeth Winstead) tenta se envolver nas políticas da Nova República para impedir o retorno do Grão Almirante Thrawn.


Depois de um começo razoável com os dois primeiros episódios, a série começa a desenvolver mais a relação entre as protagonistas e dedica boa parte do capítulo a isso. Aqueles que acompanharam a jornada da personagem título desde sua estreia na animação "A Guerra dos Clones" sabem que Ahsoka não se tornou uma Jedi no jeito tradicional. E a forma como ela se mostra disposta a treinar Sabine, que é um caso semelhante ao dela e ainda por cima nem apresenta indícios de ter a força, mostra que as duas possuem uma das dinâmicas de mestra e aprendiz mais únicas já apresentadas no universo Star Wars.


Também temos um pequeno enredo secundário no episódio que dura por pouco tempo sobre Hera tentando alertar a Nova República sobre o retorno do Grão Almirante Thrawn. Apesar da cena em questão servir apenas para mostrar a ignorância dos senadores e apresentar um desafio para a General Syndulla, ela em geral é bastante inofensiva apesar de curta e até mesmo a pequena surpresa que remete aos eventos de "Star Wars: Rebels" é apresentada de forma bem natural para a história da série ao em vez de um jeito forçado como foi feito recentemente na terceira temporada de "The Mandalorian".


Uma das partes mais engajantes nas últimas séries de Star Wars facilmente foram as sequências de ação com as naves espaciais. Neste episódio isso não é diferente com a batalha que foi apresentada que ainda por cima acabou sendo um dos maiores pontos altos do capítulo. O mais fascinante são as notáveis decisões criativas que foram tomas durante a execução da cena, com direito a um momento em particular que é bastante criativo e no passado dificilmente seria feito fora das animações.

Os antagonistas da série não tiveram muito tempo de tela neste episódio, porém chegamos a  saber de uma elemento bem interessante sobre o plano de encontrar o Thrawn que esclarece alguns detalhes bem importantes para o futuro da história. No final, também dão a entender que o próximo capitulo envolverá Ahsoka e Sabine contra uma série de caçadores de recompensa, coisa que por si só soa bastante interessante em papel e tem potencial para render vários momentos de ação empolgantes.

Até seu terceiro episódio, "Ahsoka" permanece bastante sólida e possivelmente pode acabar sendo a melhor produção de Star Wars do ano apesar dos problemas da curta duração de tempo que deveriam ser resolvidos considerando o alto orçamento de filme de cinema que eles muito provavelmente possuem. Tudo o que resta agora é torcer para que Dave Filoni de fato demonstre o amor que ele sente por esta personagem e continue a entregar uma série consistente ou uma que possa elevar ainda mais sua qualidade nos próximos capítulos.




Nota:7,5/10

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