O episódio de hoje sai do tom habitual e vai em busca de mais Mandalorianos
🚨🚨POSSIVEIS SPOÍLERS!!🚨🚨A terceira temporada de O Mandaloriano se encaminha de forma divisa pela fanbase, que adora a série pelas duas temporadas anteriores que trouxeram um frescor clássico para a franquia Star Wars após uma trilogia abjeta dos cinemas que veio nas sequência de O Retorno de Jedi, voltando para o faroeste espacial e aventuras simples porém bem feitas e costuradas, com um toque certo de fanservice (que é raro hoje em dia de se fazer e só fracassa), além de claro trazer a criatura fofa Grogu para as telas.
A série se encaminhou para ser um exemplar (ainda é de certa forma) para essa gigantesca saga e a terceira temporada estabelece as raízes e doutrinas dos Mandalorianos mais presentes aqui do que anteriormente, agora com nosso protagonista Din Djarin (Pedro Pascal) se unindo mais uma vez a seu povo em busca de uma retomada ao planeta natal dos Mandalorianos, Mandalore, mas a temporada tem sido boa para alguns e ruim/mediana para outros que esperavam mais da ousadia de Jon Favreau das temporadas passadas, sem um rumo certo para a história já em sua reta final praticamente, será que esse novo episódio veremos o rumo sendo seguido pelo gancho do episódio passado? A conferir.
Bo-Katan (Katee Sackhoff) e Din vão em busca de mais aliados Mandalorianos para retornarem a seu planeta natal e proclamarem o retorno de Mandalore, para isso eles deverão ir para o planeta Plazir-15 e tentarem convencer de Axe Woves (Simon Kassianides) e sua tripulação de mandalorianos agora mercenários e a bordo de um grande Destroyer Imperial. Involuntariamente no caminho eles são desviados de sua rota e vão para os governantes do tal planeta que pedem a ajuda deles para neutralizar androides imperiais e separatistas reaproveitados e descobrir a causa de seus ataques à população.
O episódio começa contextualizando o destino que antes não tínhamos ideia do que aconteceu após o surgimento de Bo-Katan na narrativa da série, o que houve com seus dois colegas da segunda temporada? Axe e Koska Reeves (Mercedes Varnado) sabiamos que eles haviam se separado dela por ela não ser mais a detentora do sabre negro que reconquistaria o planeta deles e seguiram caminhos separados, aonde aqui ficamos sabendo que de fato se tornaram mercenários a bordo de um imponente Destroyer Imperial anteriormente de Moff Gideon (que ficou muito bem com os Mandalorianos) e novamente deixando claro que como os Mandalorianos são os mais eficientes e fiéis caçadores da galaxia, que mesmo oferecendo um valor maior nunca mudam de lado, é bom deixar ciente deste detalhe para comparação a outros caçadores oportunistas que tem nesse universo.

A narrativa retorna de fato a ser algo que estavamos acostumados na série que era seus pequenos serviços ala missões paralelas a missão principal para poderem chegar a seu destino desejado e trazer um pouco mais de ação e desenvolvimento para a dupla da vez, ao mesmo tempo que também nesse episódio é possível perceber que estamos vendo quase que um spin-off de The Clone Wars, voltamos a assuntos políticos e idealistas anteriormente abordados no desenho agora implementados aqui nessa nova linha temporal agora com a Nova República inserida, nisto conhecemos o Capitão Bombardier (Jack Black) e a Duquesa (Lizzo) um era um ex imperial que fez o programa de anistia e ao lado de sua amada noiva agora comandam independentemente da constituição da República esse planeta, aliás o cameo do Jack Black nessa série foi uma das mais inesperadas da temporada até agora e fica surpreso que nada foi vazado dessa participação inusitada e sinceramente muito grata, afinal o ator é um grande fã da franquia e seu papel aqui é legal.
Não só isso, tivemos a aparição de Christopher Lloyd como o chefe de segurança e o principal antagonista do episódio mais a frente. O episódio traz um Buddy Cop até que eficiente entre Bo-Katan e Din que fazem o policial bom e policial mal nas cenas em que investigam a causa dos droides ficarem hostis, e o episódio convenientemente bate na tecla a todo instante que o Din é mesmo um grande preconceituoso desses seres robóticos, mesmo todo seu aprendizado na primeira temporada, ele ainda apresenta medo com as máquinas, é legal mas achei meio desnecessária toda essa cena em que ele simplesmente aceita o trabalho por serem aparentemente robôs malvados e que ele teria o maior prazer de acabar com eles porque sim, já entendemos que o Mandor não é fã de droides, não precisa expor na nossa cara isso.
Falando em droides, eles dizem ser felizes na posição em que estão e terem sua segunda chance e servirem como cidadãos de segunda classe por que pelo menos agora não são mortos mais em batalhas é meio, complicado, e não acho que deveriam ter deixado assim, você não pode continuar retratando os androides como seres vivos, pensantes e sapientes para depois virar as costas para eles e tratar novamente como seres inferiores e menos importantes do que meros sacos de carne de um monstro Krayt. Nenhuma lição é tirada disso me pareceu.
A resolução da investigação por outro lado é boa e interessante, ver um separatista raiz que ama a democracia estabelecida por Conde Dookan, aqui citado, é interessante e mostra que de fato existe pessoas assim por aí, idolatria do passado e que hoje em dia vê que a sociedade acomodada por droides e totalmente dependente deles com alusão a Blade Runner e Wall-E que me pareceu intencional (o Chefe de segurança ser a versão humana do robô vilão de Wall-E não me parece coincidência hehe).

E nisso vamos para o final do episódio onde temos uma briga clássica dos Mandalorianos por liderança e demonstração de força perante seus iguais com Bo e Axe que sinceramente senti falta nessa temporada ja que é dessa forma que vejo que os personagens desse povo deveriam agir com mais frequência do que com diálogos didáticos esquisitos que vimos antes, e acaba com Bo-Katan ganhando de mão beijada o sabre negro de Din Djarin e novamente se proclama a salvadora de seu povo, e ao que parece o protagonismo total da serie com o seu co-protagonista Din sendo apenas seu Robin, é legal como a questão de ela fica ou não com o sabre é feita, mesmo que exigiu um baita malabarismo daqueles para explicar e os outros Mandalorianos acreditando nas palavras de Din é estranho, e sinto que no fim de tudo voltaremos ao que a 1 temporada foi quando conhecemos Din e espero que isso não ocorra como penso.
Mas no geral a direção de Bryce Dallas Howard, aqui novamente dirigindo o episódio pela terceira vez na série mostra sua evolução em criar situações interessantes e também na direção correta dos personagens, é bom ver a dupla principal agir junta tão boa quanto Mandor e Grogu (não me joguem coco) é, e ver aquele cenário limpo bem George Lucas é interessante, mostrando que a série ainda tem um orçamento avantajado e bem justificável, visualmente é o episódio mais bonito da temporada até agora.
Conclusão: É um simpático episódio mas nada além, com seus problemas de sempre, estamos seguindo a reta final da série que vai precisar com dois episódios mostrar os segredos ainda guardados da série, afinal, veremos novamente o Mitossauro? e quem libertou Moff Gideon ou sequestrou de sua prisão, foram os Mandalorianos comandados por Axe? enfim, esperemos que a corrida final traga o que estavamos esperando nesse terceiro ano, o retorno a Mandalore.
Ps: sim o Grogu ainda existe e ele tá aqui sim, sem função alguma e serviu unicamente para ser abençoado como cavaleiro (??) pela duquesa de Plazir sem fazer absolutamente nada, é né.
Nota: 7
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