Ultimo episódio da temporada tenta dar uma conclusão satisfatória mas acaba entregando um final fechado para a série que dificulta a necessidade de uma continuação.
Após um conjunto de episódios com autos e baixos que podem não ter chegado a altura da qualidade das temporadas anteriores, o terceiro ano de "The Mandalorian" finalmente chegou ao seu fim com um capítulo que apesar de cumprir sua proposta em finalizar a história que lhe foi apresentada de maneira bem fechada e com bastante ação ainda por cima, pode ter sido um dos finais mais esquecíveis que a série já entregou por mais divertido que ele possa parecer visualmente.
Dando uma continuidade direta aos eventos do episódio anterior, o final de temporada dirigido por Rick Famuyiwa (No Embalo do Amor, Confirmação) acompanha os mandalorianos, liderados por Bo-Katan Kryze (Katee Sackhoff), em uma batalha épica para retomar o seu planeta natal de volta ao enfrentarem Moff Gideon (Giancarlo Esposito), que tomou posse de Mandalore para continuar seus experimentos com clonagem e criar seu próprio exercito de clones sensitivos a força com o intuito de reerguer o império.
Um dos principais problemas deste final começa logo quando toda a tensão criada pela captura de Din Djarin (Pedro Pascal) no final do capítulo anterior é imediatamente resolvida com facilidade logo nos primeiros minutos do episódio a custo de momentos que poderiam ter trago uma tensão maior e mais engajante. Considerando que Mando nunca chegou a remover seu capacete em tela nesta temporada e ainda deixou a desejar em seu posto como protagonista, se torna bem fácil assumir que Pedro Pascal provavelmente só proporcionou a voz para o personagem e nunca precisou a comparecer ao set de filmagens.
Alguns dos melhores momentos não só do episódio como também da temporada em geral foram as ocasiões onde todos os outros mandalorianos iriam unir forças para lutarem lado a lado em batalhas. Embora haja algumas cena onde a ação de combate corpo a corpo que pareçam um pouco lenta e até mesmo um pouco ridículas, as sequências feitas em uma grande escala acabam sendo um dos principais destacas do capítulo por serem as mais empolgantes e engajantes da série.
Felizmente para alguns, porém infelizmente para outros, o episodio não chega a tentar agradar os fãs de maneira gratuita como foi feita com a participação especial de Luke Skywalker no final da segunda temporada , e ao em vez disso tenta trabalhar com o que foi estabelecido no capítulo anterior. O real problema vem por parte do antagonista. Embora Giancarlo Esposito seja um excelente ator, a ausência de seu personagem durante boa parte da temporada só para ter um desfecho tão simples chega a ser decepcionante por mais que eles tentam transmitir imponência com ele e seu plano.
No final do episódio, fica difícil imaginar as possibilidades e a necessidade de continuar a história de Grogu e Mando considerando que todos os principais arcos envolvendo Bo-Katan, os outros mandalorianos e até mesmo com a Nova Republica foram resolvidos com um final que tenta ser feliz até demais. A terceira temporada de The Mandalorian tem um final tão fechado que poderia muito bem ser o último episódio da série, mas fica nítido que os roteiristas terão dificuldade para pensarem em novas maneiras de continuar a jornada de Din Djarin no futuro sem que a sua qualidade acabe saturando ainda mais.
Nota: 7,5/10
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