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Série mantém sua essência na segunda temporada e continua divertindo com sua comédia ácida e personagens cativantes.

Kimberly, Whitney, Bela e Leighton estão de volta! Após o sucesso da primeira temporada, aproximadamente um ano depois, em 17 de novembro de 2022, tivemos o lançamento da segunda temporada de A Vida Sexual das Universitárias (The Sex Lives of College Girls) no HBO Max, com um total de dez episódios liberados semanalmente pelo streaming.

Nossas estudantes de Essex terminaram o primeiro ano da série com alguns ganchos interessantes a serem resolvidos. Com destaque para Kimberly (Pauline Chalamet), que agora tem uma dívida alta com a faculdade após a suspensão de sua bolsa por ter sido pega colando, e com o término entre Alicia (Midori Francis) e Leighton (Reneé Rapp), já que esta não se sentia segura para assumir sua sexualidade e relação publicamente. 

A partir dessa premissa, a segunda temporada da série criada por Mindy Kaling e Justin Noble se desenrola na mesma atmosfera do primeiro ano.

A principal característica e razão do sucesso do sitcom é mantida em sua totalidade. O humor ácido e satírico, repleto de contexto sexual, definitivamente está presente, e novamente sem pudor. Espere inúmeras festas de fraternidades, regadas a muita bebida, sexo e às situações mais exóticas possíveis. Tudo isso com o timing de humor afiado das quatro protagonistas, bem como o brilho dos coadjuvantes que agora ganham ainda mais evidência.


Um dos arcos mais interessantes e divertidos, continua sendo o de Kimberly. Ali existe um equilíbrio que faz lembrar o personagem de Otis em Sex Education. Temos uma certa inocência, mas que não torna a personagem sem graça ou irreal. 

Por vários episódios é tangível a evolução dela e amadurecimento, no entanto, temos um balde de água fria no season finale com a inserção de uma subtrama completamente desconexa, que desaponta e apaga o brilho da trajetória da personagem nessa temporada. Por que é sempre tão necessário colocar mulheres em situação de rivalidade por causa de homens?

A narrativa de Leighton dá um passo gigante e se torna uma das mais interessantes. Temos agora uma personagem mais segura de sua sexualidade e isso permite uma sucessão de eventos que movimentam a história e divertem. Sua personagem tem uma construção inteligente, já que mesmo sendo de certa forma soberba, é impossível não amá-la e ser cativado por ela. Sua relação com a família rende cenas emocionantes e plots valiosos.


Whitney (Alyah Chanelle Scott) de segura e talentosa, assume um contexto agora no qual precisa provar seu valor e sair das sombras de sua mãe, senadora. Essa saída da zona de conforto permite que pautas importantes, como o racismo estrutural, sejam tratadas com muita naturalidade e humor, o que não as descredibiliza, ao contrário, leva à reflexão. Sua personagem agora mostra suas inseguranças e outras camadas que antes não eram tão expostas assim.

Dessa vez não dá pra negar que o arco de Bela (Amrit Kaur) é o mais repetitivo e incômodo da temporada. Que ela é a personagem mais fora da curva, já sabemos, mas algumas situações passam um pouco do ponto, fazendo com que seja difícil torcer por ela, uma vez que Bela parece ser a escolhida para cometer todos os erros possíveis da série. Ainda que acrescente lições à audiência, o roteiro pesa na mão e na passada de pano de suas amigas em relação a seu comportamento.


Apesar do quarteto de sucesso, não dá pra negar que a personagem Lila (Ilia Isorelýs Paulino) é simplesmente perfeita. A atriz é talentosíssima e permite que cenas simples se tornem entretenimento puro. Uma peça chave para fazer o meio de campo entre os arcos da série.

A Vida Sexual das Universitárias se mantém conscientizando sem ser panfletária ou burocrática. Temos debates sobre sexualidade, IST's, bem como autoconhecimento corporal. A diversidade é outro ponto alto que prevalece, sendo tratado sempre com maturidade e humor na dose certa.

A segunda temporada, portanto, mantém a qualidade da primeira, e precisa ser vista. A série já foi renovada para a sua terceira temporada, e mal podemos esperar por mais desse show empoderado e diverso.


Nota: 8,0

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