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Após uma "maratona" de projetos, agora adicionando séries à formula que a Marvel esteve construindo, tudo isso ainda sendo realizado num momento de transição, com produções de qualidade, por várias vezes duvidosas, algo surge no meio dessa tempestade. Um.. Especial de Halloween.

Mesmo sendo lançado semanas antes do bendito Dia das Bruxas realmente acontecer, dessa vez a Marvel não quis ficar para atrás nesse quesito, e finalmente parece, de forma promissora, botar a mão num os núcleos mais esquecidos de seus quadrinhos: O de Horror.

"Lobisomem na Noite", já consegue, bem cedo, mostrar suas garras e do que á capaz, através da introdução alterada, já transitando para o (nem tão) surpreendente uso do filtro preto e branco que acompanhará a maior parte da jornada que será assistida, que por ser exatamente isso, um filtro, pode criar efeitos meios estranhos em certas cenas. Além disso, se destaca muito bem a versão adulterada feita por Michael Giachinno, que também está tendo seu primeiro trabalho como diretor.

Numa narrativa bem simples, vemos Jack (Gael García Bernal) se infiltrando numa cerimônia de caçadores de monstros, que visa entender quem é o melhor caçador para suceder o famoso Ulysses Bloodstone e ganhar sua Pedra de Sangue, após a morte dele, após a morte. Sua missão é salvar um estranho" amigo, mas para isso, ele se alia com a filha do falecido caçador, Elsa Bloodstone (Laura Donelly).

A história vai sendo levada sem muitos mistérios, realmente, mas não significa que seja algo que precise ficar contando os minutos para acabar. Mesmo que o resto dos personagens só sejam simples planos de fundo para o encontro de Jack e Elsa, poder ver a construção da relação desses dois é satisfatório, principalmente pelo acertado carisma de Gael. Além disso, apresenta um humor que não fica se forçando e atrapalhando o episódio por inteiro.

Parte importante do episódio são as cenas de luta, não só pela forma e fluidez das coreografias, principalmente na parte final do episódio, mas também se destaca em trazer algo não muito comum no tipo de produção da Marvel, uma maior forma de violência, que mesmo ainda sendo bem "leve", ainda consegue trazer um tom bem diferente para essa produção.

Sem surpreender ninguém, as melhores partes do episódio tem Lobisomem. Mesmo não transformado em Lua Cheia, Giacchino consegue facilmente mestrar a besta licantrópica, usando muito bem do preto e branco, através das piscadas de luz, durante suas cenas, principalmente numa das sequências de luta, apresentadas num plano aberto.

Além disso os efeitos são na maioria práticos, tanto no próprio Lobisomem, que não precisou ser formado por camadas e camadas de CGI, quanto nas cenas de luta, e uma ênfase no sarcástico corpo animatronico de Ulysses Bloodstone. CGI ainda foi utilizado em algumas outras partes, como na formação completa do Homem-Coisa, porém tudo funciona muito bem na proposta e estilização do especial.

O que só faltou um pouco dentro da narrativa foi um maior elemento de tensão. Mesmo tendo o ponto positivo de conseguir atravessar um pouco da barreira do que era o aceitável, em relação à violência, o filme falha, exceto nas poucas cenas com a presença do Lobisomem, esse, que como citado, só aparece ao final, o que faz o Especial, em alguns momentos só ser um episódio de ação incrementado.

"Lobisomem na Noite" é uma ótima diversão e que realmente apresenta uma mudança legal e interessante no estilo, tanto dentro quanto fora de sua história, trazendo personagens desconhecidos à tona, sendo umas das melhores produções apresentadas pela Marvel nos últimos tempos.

Nota: 8,0

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