Penúltimo episódio focado no “golpe” dos Verdes prepara o terreno para a gloriosa guerra civil dos Targaryens.

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Enquanto Alicent pede ajuda a Cole e Aemond para localizar Aegon, Otto reúne as grandes casas de Westeros para que afirmem a sua lealdade.

O episódio abre com uma sequência linda mostrando vários lugares do castelo real à noite, vazio e sombrio, com um tom melancólico e quase de luto pela morte do Rei Viserys (Paddy Considine). Com todos do castelo sendo informados sobre o falecimento do rei, logo em seguida os planos e manipulações de Otto Hightower (Rhys Ifans) começam a acontecer, com ele e Alicent (Olivia Cooke) planejando colocar o príncipe Aegon (Tom Glynn-Carney) no trono de ferro.

A direção de Clare Kilner (Expresso do Amanhã, The Mosquito Coast) e principalmente a fotografia do cinematógrafo Alejandro Martínez (O Alienista, The Mosquito Coast) no episódio são bem boas. A direção de Kilner (que comandou o 4º e 5º episódios da série) é um pouco irregular às vezes, tendo algumas cenas mal dirigidas. Inclusive, outra coisa irregular do episódio foram os efeitos especiais, que em alguns momentos estavam não finalizados e deixavam claro que aquele cenário era falso (principalmente a sequência das pessoas chegando na coroação de Aegon).

Alicent e Otto têm uma espécie de duelo moral e por poder muito interessante, onde eles setam equipes diferentes em uma corrida para encontrar Aegon. Essa dinâmica de poder interno já deixa pistas sobre como vai funcionar todo o núcleo deles nas próximas temporadas, e diz muito sobre cada um dos personagens. Um dos grandes acertos dos roteiristas de “A Casa do Dragão” é conseguir desenvolver os personagens de forma maestral de forma bem sútil, com esses pequenos momentos de personagens e confrontos ideológicos.

Inclusive, a série já deixa plantada uma sementinha que Aemond deseja para si o trono de ferro, já que ele é mil vezes mais apto a ele do que Aegon. No entanto, ele é sagaz o suficiente para entender que no atual momento o príncipe depravado e covarde é a melhor escolha, principalmente por ser totalmente manipulável. 

Falando no Aegon, o personagem aqui tem um desenvolvimento muito interessante. O episódio faz questão de mostrar o quão terrível, nojento e patético ele é, e que é a última pessoa do mundo que deveria assumir o trono (e ele mesmo compreende isso). Mas conforme vimos nos últimos 3 episódios, Aegon cresceu sem o amor e admiração dos pais, e toda a pressão colocada sobre ele pela mãe. Então no momento em que ele se vê “amado” pelas pessoas, aceita o seu lugar como Rei. 

o povo tem finalmente um destaque maior na série, com várias tomadas e sequências mostrando a pobreza e precariedade em que essas pessoas vivem, sendo totalmente o contrário da fartura e posse que os nobres têm. A própria cena onde eles são usados literalmente como massa de manobra e escoltados até a coroação de Aegon como se fossem gado deixa claro o papel deles nesse golpe. E tudo isso não mudou entre os 200 anos de “A Casa do Dragão” e “Game of Thrones”, mostrando que no fim não adianta torcer para qualquer lado, no fim ninguém tem um plano real ou pensa em melhorar a vida da população.

Toda a sequência final envolvendo Rhaenys (Eve Best) é maravilhosa. Desde a fotografia e direção que mostram o quão imponente e poderosa ela é, até os efeitos especiais do dragão e da destruição do local. Muitos questionaram o porquê de Rhaenys não ter simplesmente matado todos os Verdes quando podia. Bem, primeiro que se ela fizesse isso obviamente a história poderia acabar aí, mas também seria uma traição que poderia custar a vida dela e da casa Velaryon.  

O nono e penúltimo episódio de “A Casa do Dragão” continua mantendo o alto nível da série, sendo bem mais contido (tanto em escala quanto emocionalmente) e preparando o terreno para o finale e a grande guerra civil entre os Targaryens. E isso nos leva de volta aos bons e velhos tempos áureos de “Game of Thrones” com toda essa intriga política tão surpreendente que deixa o espectador na ponta do sofá. E que venha o season finale da 1ª Temporada!

Nota: 8,5

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