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A tão aguardada produção de Dwayne “The Rock” Johnson para o Universo DC entrega um divertido filme de super-heróis que entretém bastante com suas cenas de ação e com seus ótimos personagens 


No ano de 2007, antes mesmo da Marvel e da DC começarem seus universos compartilhados nos cinemas e dos filmes de super-heróis se tornarem a moda que são hoje, o astro da WWE Dwayne "The Rock" Johnson, que ainda começando em sua carreira como ator, havia sido escalado para interpretar o personagem Adão Negro, o arqui-inimigo do herói Shazam que acabou tendo o seu próprio filme solo em 2019. Anos se passaram e The Rock continuou a ser associado com o personagem que nos quadrinhos havia começado a ganhar mais destaque como um anti-herói. 

Com a fama e o poder que ele conseguiu em Hollywood mais o carinho que desenvolveu pelo pelo personagem, Dwayne Johnson achou que seria melhor a opção dar ao Adão Negro seu próprio filme solo ao em vez de utiliza-lo como o antagonista no filme do Shazam, pois ele não achou que faria jus aos personagens colocar ambas as suas histórias de origem em um só filme. Eventualmente, The Rock escolheu Jaume Collet-Serra, com quem já havia trabalhado antes em "Jungle Cruise" (2021), para dirigir o longa do anti-herói que também teria a presença da Sociedade da Justiça da América, a primeira equipe de super-heróis a existir nos quadrinhos. 

Há milênios atrás, Kahndaq era governada por um rei cruel que escravizou o seu povo em busca do metal Eternium para construir a coroa de Sabbac, mas depois de ter destruído o palácio do tirano em busca de vingança pela sua família, Teth-Adam (Dwayne Johnson)  acabou sendo preso em uma tumba por 5 mil anos. Agora, ao ter sido libertado no presente, Adam procura libertar o seu país da opressão da Intergangue, porém, sua presença poderosa e seus métodos violentos para lidar com os mercenários acabam chamando a atenção dos heróis da Sociedade da Justiça da América, liderada por Gavião Negro (Aldis Hodge) e Senhor Destino (Pierce Brosnan).

O começo pode parecer um pouco apressado demais para contar a história de fundo, porém ele faz um bom trabalho em explicar a situação decadente de Kahndaq, o país fictício de onde o Adão Negro veio, no passado e no presente. Também somos apresentados aos personagens de apoio que movem a trama como Adrianna Tomaz (Sarah Shahi) e seu filho Amon (Bodhi Sabongui). Eles não chegam a serem personagens insuportáveis que estragam a experiência, mas também não chegam a se destacar. Felizmente, o filme não demora muito para dar início as suas cenas de ação que são sem dúvida um de seus maiores pontos positivos.

O filme fica ainda mais interessante depois que introduz os personagens da Sociedade da Justiça que possivelmente são o grande chamariz do filme além do protagonista. Noah Centineo e Quintessa Swindell são carismáticos como Esmaga-Átomo e Ciclone, mas quem realmente se destacam são Aldis Hodge como Gavião Negro e Pierce Brosnan como Kent Nelson. Hodge como Carter Hall se mostra como um líder muito responsável e participa de várias sequências de ação, já Brosnan está perfeito como Senhor Destino e proporciona as cenas mais empolgantes de todo o filme. Seus passados e outros elementos de suas origem até chegam a ser citados, ambos tem potencial para terem as suas histórias aprofundadas em séries ou filmes derivados.

A respeito dos pontos negativos, só existe uma queixas, o vilão. Marwan Kenzari como Sabbac não tem nada que o faça se destacar entre outros vilões dos filmes da DC e possivelmente é um dos mais genéricos dentro desse universo em particular. A história e o roteiro não chegam a ser nada gritantemente ruins, só são básicas, assim como vários outro filmes de heróis lançados nos últimos anos, alguns diálogos podem até parecer bregas para alguns, mas é fácil imagina-los como falas de uma história em quadrinhos.

O que deve fazer as audiências gostarem do filme são suas cenas de ação sem fim. Elas em geral são bastante empolgantes e são o que fazem o filme funcionar, os momentos com o Adão Negro e a Sociedade da Justiça valem a pena serem vistos mais de uma vez. A trilha sonora composta por Lorne Balfe faz um ótimo trabalho em transmitir as emoções dos momentos mais épicos e impactantes do filme, apesar de algumas músicas desnecessárias em algumas partes. Os efeitos especiais são em sua maioria muito bons, principalmente quando os personagens usam os seus poderes. 

Dwayne Johnson esperou muito tempo para interpretar o Adão Negro de uma maneira mais anti-heroica, já ele não está acostumado a interpretar vilões, e muitos fãs também passaram anos fazendo fanarts de The Rock como o personagem para demosntrar sua empolgação. Como Teth-Adam, Johnson tenta usar uma abordagem diferente dos seus outros filmes, mas ele praticamente faz a mesma cara o filme todo, o que não é um problema, já que o personagem nos quadrinhos também não é muito expressivo. O filme deixa muito evidente que sua versão do Adão Negro é um dos personagens mais poderosos de todo o universo DC nos cinemas.  

A história de fundo do personagem em relação a sua origem e sua ambientação também é bastante fiel aos quadrinhos, o que mais interessante, mas o Adão Negro não passa muito a imagem de um anti-herói,  mas sim a de um herói que possui métodos diferentes, pois embora ele mate os membros da Intergangue com frequência e de maneiras extravagantes, ele ainda faz coisas heroicas como salvar pessoas e demostrar humildade pelo povo de Kahndaq. Isso não chega a ser algo que funcione contra o filme, até porque eventualmente nos quadrinhos, o personagem também chega se tornar um herói.

"Adão Negro" é um típico filme de ação com super-heróis cuja a principal proposta é divertir sua audiência com cenas de luta em grande escala e é exatamente isso que entrega. Com destaque as caracterizações de Dwayne "The Rock" Johnson em sua grande estreia como o protetor de Kahndaq e dos membros da Sociedade da Justiça da América, o filme é uma experiência que deve entreter bastante a audiência e os fãs de quadrinhos com várias sequências de ação que valem a pena serem revisitadas e introduz vários elementos que possam ser benéficos para o futuro do DCEU.


Nota: 8/10

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