O quarto episódio continua a missão de desbravar o mal que está ameaçando a Terra-média, mesmo que já esteja enfrentando um inimigo mais formidável, a narrativa.


🚨🚨POSSÍVEIS SPOILERS!🚨🚨

Bem, para quem não sabe sempre fui fã dessa saga maravilhosa que é o mundo que J.R.R Tolkien criou, sendo a obra literária fantástica mais pura de todas, que não tem muita complexidade em suas histórias, mesmo com uma lore gigantesca você pode ler os livros ou os filmes se preferir sem saber de nada que provavelmente vai se conectar facilmente, e até o momento, hollywood adaptou uma trilogia fantástica lá nos anos 2000 adaptando a terceira era da franquia, depois veio a mirrada trilogia O Hobbit que não foi como esperavamos, e agora a franquia voltou em formato de seriado onde veremos a jornada até a guerra de Sauron contra os Elfos e os Homens, mas será que durante essa jornada, veremos uma adaptação digna dos livros?

Galadriel (Morfydd Clark) continua sendo "hóspede" da rainha de Númenor enquanto descobre mais segredos que estes revelam premonições assustadoras para o futuro, Arondir (Ismael Cruz Córdova) negocia com o pai dos Orcs, Elrond (Robert Aramayo) e Durin IV (Owain Arthur) compartilham um segredo juntos e o elfo jura sigilo.

Já começo essa crítica falando que até o momento, a narrativa não andou apropriadamente como deveria para o núcleo principal de Númenor com Galadriel, se no episódio anterior tínhamos o gancho ótimo que iria finalmente abrir os olhos da população daquele lugar para o que está por vir, no fim eles enrolam, e enrolam, com diálogos bem automáticos em alguns desses momentos (como Galadriel confrontando a Rainha-Regente Míriel, totalmente sem sal) ou na possível revolta dos cidadão numenoreanos para lá de esquisita, parecendo passeatas atuais políticas (note os diálogos), e que essa rixa entre os elfos e Númenor se baseia apenas em birrinha, onde ninguém escuta ninguém, isso é cansativo pois a história depende de algum motor para progredir e parece que ficamos parados o episódio inteiro, só para que no final aconteça algo finalmente.

Já o núcleo de Elrond com os anões tem me agradado com suas extravagâncias e trejeitos que foram retirados das histórias praticamente, mesmo que não tenha acontecido nada também, Elrond é carismático e formando uma parceria com seu amigo Durin e agora sua esposa ana Disa (Sophia Nomvete), que proporciona momentos ótimos de conversa e com a revelação do metal Mithril (ainda não nomeado assim aqui) que tanto o anão mantém em segredo, dando uma margem maior para o futuro. enquanto isso temos a trama de Arondir escapando das mãos dos Orcs após ter sido revelado ao mestre das cruéis criaturas Adar (Joseph Mawle), que parece se revelar um vilão perigoso que vai dar uma crescida no nível de ameaça nas terras do sul, até o momento se manteve interessante toda essa parte e ver que o perigo está realmente tomando forma nesta parte. Uma pena que não tivemos os Pés Peludos nesse episódio, que é o meu núcleo favorito de toda a série até então.

Falando sobre a direção do episódio dessa vez ficando por conta de Wayne Yip novamente, aqui temos de novo uma boa coordenação do diretor em cenas de ação muito inspiradas, com ótimas takes visando uma boa iluminação e paisagens, a minha sequência favorita desse episódio foi a grande escapada do jovem Theo dos orcs até seu resgate pelo Arondir onde somos deslumbrados com cenas acompanhadas de uma trilha sonora fantástica dessa fuga maravilhosa, aqui foi uma direção realmente empolgante que até compensa um pouco o cansaço que é a alongada trama da Galadriel.

Tenho que falar um pouco do visual dessa série, esse é o ponto mais forte da série até agora e não é querer ser um fanboy, mas o visual é realmente lindo e parece que de fato investiram bastante nessa série, então nisto não posso negar que eles se esforçaram para entregar um cenário cinematográfico praticamente. Conclusão: A série mantém seus passos curtos para o mistério ainda a se revelar durante toda essa caminhada que terá, é um bom episódio mas talvez o mais fraco de todos os quatro até o momento, um tanto morno, falta uma presença maior dos personagens mais cativantes da série e mostrar para o que realmente veio, Galadriel é a mais desinteressante de todos e isso se deve a sua direção pouco inspirada em mostrar o potencial que ela tem além de ser uma mandona carrancuda genérica. Mas o episódio tem um visual tão lindo que é difícil não querer ver mais e mais dessa produção para ver até onde vai todo esse orçamento, e eu quero os PÉS PELUDOS e mais anões no próximo ein! Nota: 6,5 😉

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