Em "Halftime", J. Lo expõe suas fragilidades, enquanto reflete sobre momentos de sua carreira. 

Jennifer Lopez carrega consigo marcas surpreendentes. A artista com mais de três décadas de carreira, possui cerca de 75 milhões de discos vendidos, uma fortuna estimada em mais de US$ 300 milhões de dólares e mais de US$ 2 bilhões arrecadados no cinema. Não é à toa que J. Lo é tida como uma das artistas mais bem-sucedidas e influentes do planeta.

Em Halftime, a estrela norte americana de raízes porto riquenhas reflete sobre sua carreira e a constante pressão de se viver sob os holofotes.

O cerne do documentário está em um dos momentos mais marcantes de sua carreira musical, o convite para cantar no tão almejado intervalo do Super Bowl, que é a final do campeonato de futebol americano.

A princípio, quando li que o documentário se concentraria nesse evento, imaginei que talvez faltasse assunto, mas me enganei. Enquanto acompanhamos cada detalhe desde o convite, os bastidores dos ensaios e polêmicas relacionadas à apresentação, J. Lo , sentada em frente a câmera, fala do seu passado e revela seus maiores medos e fragilidades.

E não pense que por ser ela a porta voz, que teremos um ponto de vista tendencioso. No documentário somos expostos às maiores frustrações da estrela, entre elas a não indicação ao Oscar pelo filme As Golpistas, algo que contrariou boa parte das previsões da imprensa e público. Contamos ainda com um passeio pela filmografia de Lopez, bem como sua escalada musica.

O documentário mostra as dificuldades de se lidar com os rótulos de ser uma mulher latina na indústria, bem como a luta por conseguir papéis que fujam dos padrões pré-estabelecidos. 

A vida amorosa da estrela é abordada de forma mais superficial, já que a ênfase está em mostrar que sua carreira não deve ser atrelada aos seus interesses românticos. Ainda assim, contamos com um depoimento de Ben Affleck, atual companheiro da estrela.

Ainda que prenda atenção do início ao fim, Halftime perdeu a oportunidade de mostrar um pouco mais da Jennifer mãe e quando despreocupada com câmeras e carreira.

Incomodou também que, apesar de falar tanto do Super Bowl, a apresentação mesmo só é colocada em fragmentos. Já que a apresentação nem é tão longa, poderíamos ter a oportunidade de assisti-la na íntegra, pra concretizar tudo que é construído ao longo do documentário.

No mais, Halftime é um deleite para os fãs e consegue agradar os curiosos. 

Nota: 7,0

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