Essa crítica contém spoilers

Após um primeiro episódio introdutório de nível interessante, e um segundo episódio que teve um pouco de queda de qualidade, porém com um cliffhanger muito mais do que interessante, a pequena espera para esse terceiro valeu a pena.

Em aspecto narrativo e na construção do episódio, esse parece prender mais a história do que os outro, apesar e parecer só uma repetição já vimos, com essa espécie de "barriga disfarçada" em toda a jornada da Leia (Vivien Lyra Blair) e de Obi Wan (Ewan McGregor) até o que vemos no final do episódio, mas tudo isso é salvo pela interação dos dois personagens, que tem uma química especial entre si, e a pequena construção de tensão que vamos vendo nesses momentos, principalmente a "visão" que Obi Wan tem enquanto caminha com a pequena, que é recompensada muito maravilhosamente ao final de tudo.

Já sobre personagem Tala (Indira Varma), ela parece cumprir só o papel que Haja (Kumail Najiani) teve no primeiro episódio, mostrar que ainda há pessoas que se dispõem a lutar contra o Império. Basicamente só isso.

E pode ser até meio irônico dizer isso, já que está sendo falado de uma série que é prequel, que já sabemos os eventos que se seguirão, mas pautar parte do arco dos Inquisidores na morte do Grande Inquisidor ainda não pareceu algo que valeu a pena. Mesmo sendo algo que ocorreu no episódio anterior, a morte dele já demonstra seus desdobramentos nesse episódio, mas parece ser algo tão monótono, por enquanto, feito como valor de choque para um personagem que sabemos que irá voltar no futuro.

E falando sobre os Sith, os antagonistas não parecem ter que fazer nesse episódio do que já vinham fazendo nos outros, que obviamente é o objetivo deles, capturar Kenobi e Leia, mas junto do da parte citada no parágrafo anterior, que cria uma espécie de rivalidade sobre quem será o próximo Grande Inquisidor, tudo só fica meio vazio.


Mas, após tudo isso, entra-se em discussão o prato principal dessa terceira parte da série: Darth Vader. Após toda a construção de tensão já discutida aqui, a "verdadeira" aparição do personagem, agora com Hayden Christensen (e a icônica voz de James Earl Jones), depois de anos. Mesmo com ele tendo uma aparição mais cedo no episódio, que pode parecer quebrar um pouco o jeito triunfante que o vemos ao final, mas não é o que acontece. A imponência e o medo que o vilão transpira continua estabelecido como deveria, trazendo uma ótima sequência de ação dele como o personagem título, que começa como uma brincadeira no escuro e se resolve numa cena digna de Vader.

Devido à não precisar tanto desse recurso quanto os anteriores, os efeitos especiais digitais não tem tantos destaques aqui, mas os práticos são extremamente bem feitos e não tiram da imersão do episódio.

E, por último, a trilha de sonora de Natalie Holt, que é de extrema importância na imersão do que é apresentado no episódio e quando acerta, realmente acerta no ponto preciso.

Ao final, a terceira parte de Obi Wan Kenobi consegue ser realmente excitante para o que está para vir nos próximos 3, e consegue capturar bem sua atenção no arco de Obi Wan e na reaparição de Lord Vader, e parece ter um caminho promissor pela frente.

Nota: 8,9

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