Novo jogo da Guerrila Games supera o seu antecessor em todos os sentidos com melhorias gráficas incríveis e novas mecânicas que tornam a exploração mais prazerosa.


     Em 2020, junto com a revelação do novo Playstation 5, um dos vários jogos a serem anunciado no evento foi a sequência de “Horizon Zero Dawn” (2017) da desenvolvedora Guerrilla Games intitulado como “Horizon Forbidden West”, que seria um dos principais lançamentos da Sony para a nova geração de consoles e inicialmente estava previsto para 2021, mas por conta da pandemia do COVID-19 teve que ser adiado para fevereiro de 2022.

     Em um futuro distante onde maquinas agem como animais selvagens e a humanidade retrocedeu a tempos mais primitivos, Aloy (Ashly Burch), ao descobrir a verdade chocante sobre sua origem e ganhar o título de Salvadora de Meridiana por ter derrotado a IA do mal HADES, precisa  viajar até o Oeste Proibido com o objetivo de encontrar um backup de GAIA para que possa salvar o mundo de uma ameaça ainda maior com a ajuda de antigos e novos aliados. 


      O jogo é um RPG em terceira pessoa com um vasto mundo aberto ambientado em uma versão pós-apocalíptica do Estado da Califórnia que necessita de dois discos para ser instalado em seu console. De inicio, a jogabilidade pode até parecer um pouco semelhante demais com de seu antecessor "Zero Dawn", já que ele utiliza os mesmos controles para realizar atos como: selecionar as armas, montar munições, realizar ataques corpo a corpo e furtivos. Porém, quanto mais tempo se passa acompanhando a campanha principal, mais é possível notar as novas mecânicas que também ajudam no seu progresso em outras missões, entre elas estão: o gancho, o planador e a mascará de mergulho. Um problema incomodo que permanece durante as batalhas seria o modo de câmera lenta que não facilita totalmente a mira como deveria. 


        Assim como no primeiro jogo, Aloy pode usar o seu “foco” para rastrear pessoas perdidas, analisar vários objetos importantes e descobrir os pontos fracos dos inimigos e quais são as munições elementais que mais causam dano neles. Existe diversos tipos de máquinas ao redor do mapa, algumas maiores e mais resistentes do que outras, que agem de maneira extremamente hostil quando avistam o jogador, porém todas elas podem ser convertidas aos poucos de maneira furtiva ao completar as missões dos caldeirões e adquirir os recursos certos eventualmente, quatro delas podem ser transformadas em montarias permanentemente  até serem destruídas em combate e uma delas inclusive trás um fator novidade extremamente agradável para a franquia Horizon. 


       O mundo aberto do Oeste Proibido é enorme cheio de atividades e com várias áreas para explorar, porém a exploração pode ficar um pouco cansativa e longa demais para aqueles que optam por priorizar a procura das skins e das armas mais poderosas. As melhores maneiras para chegar a certos locais pelo mapa são através de montarias e as viagens rápidas que só podem ser realizadas gratuitamente se for para ir de uma fogueira para outra. Também há uma quantidade absurdamente grande de missões secundárias que farão com que os jogadores mais complecionistas levem um bom tempo para finalizarem o jogo em 100%. 

      Uma  crítica pessoal em relação a "Zero Dawn" era que a mochila de suplementos era muito limitada, fazendo com que o jogador fosse forçado a guardar ou até mesmo abandonar cosmético que poderiam ser uteis em outros momentos, felizmente, "Forbidden West" não sofre da mesma queixa, assim eliminando a preocupação com o acumulo de peças importantes para repor munições especiais, procurar por melhorias e as novas opções de armas do jogo, que incluem: o lança-virote, a manopla e os lança-dardos. Aloy pode usar bancadas localizadas em zonas seguras para aprimorar suas armaduras, arsenal e bolsas de flechas, porções e armadilhas, além de ocasionalmente construir itens de missão. 


      Apesar de alguns bugs que geralmente ocorrem em inimigos humanos derrotados, "Horizon Forbidden West" possuiu gráficos magníficos e muito bem detalhados tanto no ambiente quanto nas expressões faciais dos personagens, como é de esperar de um título da Playstation. Outra qualidade visual perceptível no jogo é o design incrível nas vestimentas da protagonista e dos NPCs, além de uma faixa sonora principal majestosa composta por Joris de Man.  Com os avanços tecnológicos da nova geração de consoles, a versão para PS5 permite sentir a interação da protagonista com as suas armas e o ambiente através do controle DualSence, vale lembrar que também existe uma versão para o PS4. 

         Embora seja recomendado, não é necessariamente preciso ter jogado "Zero Dawn" para entender o enredo de "Forbidden West", porém assim como o seu antecessor, o jogo tem muito conteúdo para absorver. Apesar das histórias por trás do mundo de Horizon serem interessantes, elas são explicadas através de muitos diálogos complexos que requisitam de muita paciência para aqueles que querem saber de todos os detalhes. Em poucos momentos da campanha principal, Aloy pode tomar decisões baseadas em compaixão, inteligência ou raiva, mas elas não causam nenhuma consequência grave. Personagens do primeiro título como Varl Erend  estão presentes e com papeis de destaque, assim como novos aliados que em sua maioria não são exatamente esquecíveis mas também não são completamente memoráveis. 
       
       Em relação a qualidade gráfica, aos designs dos personagens e ao seu mundo aberto altamente detalhado, a Guerrila Games entregou com "Horizon Forbidden West" um grande lançamento que está a altura do poder que o Playstation 5 tem a oferecer para a atual geração de consoles e um produto que supera a qualidade de seu trabalho anterior, entregando uma experiência mais imersiva que incentiva o jogador a se aventurar com as novas configurações que o jogo tem a oferecer, mesmo isso chegue a alguns momentos cansativos que custem tempo e paciência.





Nota: 8,0 

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