Como preparação para o finale de Gavião Arqueiro, aqui a principal inspiração para a série, a run de 2012

Gavião Arqueiro de 2012 foi a série, que pode se dizer, que elevou o personagem para outro patamar de popularidade. Não querendo dizer que o personagem que o personagem não era popular antes (o que não seria verdade), mas a série trouxe o personagem para um maior público.

Com maior parte da run sendo feita pela dupla criativa de Matt Fraction e David Aja, presenciamos uma história onde vemos Clint longe dos holofotes de ser um Vingador, mas que não o impede de se meter em enrascadas (quase mortais) toda semana. Aqui vemos um Clint bem "depressivo" e numa parte relativamente ruim de sua vida, o que muitas vezes faz ele ser um pouco impulsivo e "babaca", afastando os que estão ao redor dele, mas ao final mostrando que quer tentar fazer as coisas certas.

Nossa protagonista "secundária", Kate Bishop, a quase vingadora, traz uma ótima dinâmica de parceria entre os dois , adicionando um humor à tudo que vai cercando ambos os Gaviões, mas também servindo, algumas vezes, como uma voz na cabeça de Clint, tentando fazer com que ele não faça burradas (Mesmo que ela possa ser bem impulsiva também)

O plot principal da série segue Clint se metendo em uma confusão com a gangue que controlava a maior parte da área onde o prédio que Clint morava se encontrava, a Gangue do Agasalho, com seus uniformes esportivos, sotaques de algum lugar da Europa, e a mania de falar 'mano'. Em uma luta com membros dessa gangue, acaba por se envolver com um acidente com um cachorro, que seria nomeado como Lucky. Para um cachorro, Lucky até que teve um bom destaque durante a série, tendo até papel central em uma edição e sendo ótima adição para os "mitos" do Gavião.

Após "comprar" o prédio, para proteger os moradores de lá, vamos dando uma olhada no dia a dia do Gavião. Nessa primeira parte, vemos edições não centralizadas em um único tema, mas que ainda trabalham para o desenrolar da história, como a "infame" edição das flechas. Um dos pontos principais acaba por ser a personagem Penny, que se torna interesse amoroso de Clint, mas devido ao envolvimento dela também com a Gangue do Agasalho, acaba botando os 2 (e Kate) em furadas. Além disso, vemos mais a frente, o relacionamento dos dois não é aprovado pelas 3 "esposas" de Clint: A Harpia (Sua verdadeira ex-esposa), A Viúva Negra (A "esposa do trabalho) e a Mulher-Aranha (Sua melhor amiga), todas tendo aparições bem pontuais e bem legais, como Kate, tentando evitar que ele faça alguma burrada, e que também mostram como as atitudes de Clint podem afetar os mais próximo a ele, de forma negativa.


Contamos também com outros personagens dentro do prédio tendo uma relação mais próxima do Clint, como a mãe solteira de dois filhos, Simone e o churrasqueiro, Grills (Além de alguns outros menores), que em algumas edições, também fazem nos aproximar mas desses personagens.

E por último, pode se citar as duas edições de A Fita, que são desenhadas por Javier Pulido, e mesmo que foquem numa missão pessoal de Clint, fornecem a apresentação da rivalidade de Kate com a Madame Máscara, que seria importante mais à frente, como na Anual da série.

Ao "meio" da série, vemos uma "loucura narrativa", onde começamos a ser apresentados a várias edições que culminariam num único evento, sendo vistas de diferente pontos de vistas, um desses sendo o do cãozinho Lucky, sendo uma das melhores e mais criativas edições de toda a série. Também somos apresentados ao vilão "Palhaço", com uma edição focada totalmente nele, e em sue psicológico perturbado, se tornando uma presença bem ameaçadora. Além disso, contamos com o retorno de Barney Barton, para a vida de Clint, que seria bem importante nas edições finais.

A parte final é a que mais cai da série, onde temos a separação de Kate e Clint, e acompanhamos as histórias de cada uma de modo alternado. As histórias de Kate em Los Angeles, desenhadas pro Annie Wu, até que são bem legalzinhas, mas não tem nada de mais, mesmo vendo ela tendo que lidar com uma grande "mafiosa" como a Madame Máscara seja interessante, e ver ela de forma independente e lidando com os próprios problemas, com os acompanhamentos do policial Claude, do casal de homens negros formado pelos vizinhos de Kate, Marcus e Finch (Que Kate salvou o casamento), e Harold H. Harold, vindo diretamente das páginas de "Tomb of Dracula", título da Marvel dos anos 70. Também temos uma ediçãozinha filler especial de Natal, que também é só legalzinha.


Já as edições de Clint seguem mais a pegada das edições do resto da série, se reconectando um pouco com seu irmão Barney, ao mesmo tempo que vai se preparando para uma "guerra", com ele de um lado, O Palhaço e a Gangue do Agasalho do outro. Além de falar mais do passado de Clint, essas últimas edições são ótimas falando sobre a surdez de Clint, conceito que não é exatamente novo pelo personagem, mas é melhor explorado nas páginas dessa revista, onde temos até páginas sem diálogos, só apresentadas em painéis com linguagens de sinais. 

Importante destacar também toda a estética criada pelo David Aja para o personagem, que deve ser conhecida, seu trabalho todo no quadrinho é magnífico, e as capas que ele fez criaram toda uma estética envolvendo os personagens do Gavião Arqueiro, e trouxe painéis que ficariam icônicos para o personagem. Tudo é muito lindo dentro de Hawkeye. Também destacando que Javier Pulido, Annie Wu, Steve Lieber, Jesse Hamm, e Chris Eliopoulos fizeram um trabalho excelente dentro das edições desenhadas por cada, e o ótimo trabalho de Matt Hollingsworth como o colorista.

Em resumo, Hawkeye é uma história que mostra um lado mais intimista de Clint. Longe dos Vingadores, se metendo em problemas, tanto violentos tanto emocionais, mas que tenta fazer a coisa certa, tudo apresentado com um humor certeiro como uma flecha, em histórias criativas e com os painéis conseguindo muito bem contar a história, muitas vezes, sem o diálogo ser necessário

Nota: 9,5


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