Numa recente entrevista para a revista Vanity Fair, o ator Ray Fisher (True Detective) revelou mais sobre os caóticos bastidores das refilmagens de Liga da Justiça comandadas por Joss Whedon (Vingadores: Era de Ultron) em 2017. O intérprete de Ciborgue classificou Whedon como uma pessoa desrespeitosa e narcisista, além de revelar que o diretor confundia os nomes de atores e personagens. Foi mencionado que Joss confundia a Mulher-Maravilha com a Natasha Romanoff (nome real da Viúva Negra) em diversas reuniões criativas presenciadas por Fisher. Leia abaixo a declaração completa do ator:
Você poderia dizer rapidamente que Whedon estava muito chateado porque as pessoas não gostavam muito de Era de Ultron. Foi o que percebi na primeira conversa que tive com ele. Havia um pouco desse tipo de narcisismo egoísta que acabou afetando tudo o que ele estava tentando fazer. Você pode ver isso em algumas das cenas que foram produzidas. O Flash caindo no peito da Mulher Maravilha é algo que ele arrancou de Era de Ultron e apenas copiou e colou aqui. Na minha primeira conversa criativamente com ele, ele ficou acidentalmente chamando “Diana” de “Natasha”, o que é uma loucura. Isso foi na conversa que eles me fizeram ter com ele antes de me entregar o roteiro. Houve muita zombaria e depreciação no set, tanto de trabalhos anteriores quanto de atores e pessoas.
Para finalizar, Fisher revelou que antes de uma reunião com Whedon para discutir o roteiro, ele enviou dois e-mails para o diretor com algumas sugestões para o personagem do Ciborgue. Quando se encontrou pessoalmente com ele, a resposta sobre suas sugestões foi totalmente ignorada com o cineasta afirmando que não gostava de receber sugestões sobre sua escrita nem mesmo de Robert Downey Jr.
Os bastidores das refilmagens de Liga da Justiça se tornou um das maiores polêmicas de Hollywood, quando Ray Fisher veio a público denunciar comportamento abusivo por parte de Joss Whedon, Geoff Johns, Jon Berg e Walter Hamada quando os mesmos ignoraram as denúncias do ator sobre o ambiente tóxico de trabalho.
O caso veio a público em 2020 e queimou a imagem de diversos figurões da Warner Bros com uma investigação sendo instaurada a mando da chefia do estúdio para apurar a veracidade dos fatos. Fisher perdeu sua participação no filme do Flash quando recusou-se a trabalhar com Walter Hamada, atual chefe da DC Filmes, por supostamente, ele ter sido conivente com os abusos cometidos quando tentou limpar a imagem de Geoff Johns numa conversa com Fisher no telefone para discutir um papel em futuros projetos da DC.
Ray Fisher retorna como Ciborgue na Liga da Justiça de Zack Snyder que chega nas plataformas digitais brasileiras nesta quinta-feira (18).
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