(Nota: Esse post é um revival do post do Quarteto Fantástico, só que melhor, para poder começar uma série parecida com a dos Novos 52)
Com o revival da popularidade de quadrinhos de super-heróis no começo dos anos 60, a Marvel Comics (Que era conhecida como Atlas Comics, tendo sido renomeada a “pouco” tempo), que antes mesmo de ser chamada de Atlas, ainda como Timely Comics, publicava quadrinhos de super-heróis, decidiu entrar nessa “nova onda”. A editora, que atualmente possuía quadrinhos de antologia com coisas mais relacionadas a terror, ficção científica e humor adolescente (esses de ficção científica serão importantes num futuro próximo) lançou em Novembro de 1961 o primeiro quadrinho oficial de super-heróis da Marvel, o Quarteto Fantástico, criados pelo desenhista Jack Kirby e pelo escritor Stan Lee
Com o sucesso dessa primeira edição, os super-heróis puderam renascer na Marvel, mas aqui só falaremos do Quarteto Fantástico e seu primeiro ano de quadrinhos publicados. Os outros personagens esperarão o post de suas respectivas revistas.
Então, acompanhamos Reed Richards, Ben Grimm e os irmãos Sue e Johnny Storm, que após uma viagem espacial falha, são expostos a raios cósmicos que os dão poderes, então eles decidem se unir como um grupo e proteger o mundo como o Quarteto Fantástico. Mas eles acabam sendo mais que um grupo, uma coisa mais parecida com uma família.
E sobre as primeiras três edições, como as outras que viriam depois, são divididas em 5 partes para contar a história numa revista com 24-25 páginas. Na primeira é contada a origem do Quarteto, e sua batalha com o primeiro vilão de sua história, o Toupeira, que era auxiliado por seus monstros. Mas o destaque mesmo vai pras edições #2 e #3, onde, na primeira temos o primeiro vislumbre dos Skrulls, mesmo não tão ameaçadores como vemos em sagas posteriores, e rapidamente, durante uma viagem espacial, nessa edição, o Coisa e de novo afetado pelos raios cósmico, mas dessa vez ele volta para sua forma normal, que, infelizmente, não dura muito tempo (Além de termos a primeira vez do “Em Chamas”. E na edição três, que mesmo tendo um vilão esquecido, o Miracle Man, somos apresentados a planta do Edifício Baxter, aos uniformes clássicos e ao Fantasticarro.
E ainda sobre essas edições, uma das coisas um pouco recorrentes seriam as brigas entre Johnny e Ben, sendo Johnny bem jovem e imaturo, enquanto Ben é bem explosivo (Principalmente depois de se transformar em coisa), e os dois se desentenderam muito fácil, sendo que durante um desses desentendimentos, na edição #3, Johnny sairia do Quarteto Fantástico, o que leva ao eventos da próxima edição, uma das mais importantes do Quarteto e dos quadrinhos de heróis da Marvel.
Na edição #4, após a saída do Johnny do Quarteto, na edição anterior, os outros três membros vão procurá-lo, e, interessantemente, quem encontra o garoto é o Coisa, que não estava muito a fim de trazer ele de volta para o time. Enquanto os dois lutam, Ben, de novo, volta a sua forma humana, mas, novamente, por poucos segundos. Após Johnny fugir de novo, ele acaba encontrando um homem com amnésia, que diziam ter a força de 10 homens. O menino descobre que ele é Namor e acaba trazendo as memórias dele de volta. Quando Namor volta para tentar encontrar sua casa, Atlantis, ele descobre que ela foi toda destruída e jura vingança a todos os humanos, por terem destruído sua casa.
Essa edição é extremamente importante por manter uma conexão entre os quadrinhos da Timely Comics, nos anos 40 e da Marvel, naquela época, nos anos 60, trazendo o Namor, um dos primeiros (senão o primeiro) super-poderoso da Timely. Pontos a se destacar também são o começo do triângulo amoroso entre Reed, Namor e Sue, que seria abordada em próximas edições; O retorno de Johnny ao Quarteto, depois deles terem derrotado o Giganto, uma espécie de baleia que começa a destruir Nova York a mando de Namor. Interessante, que com o Giganto, em 4 edições, o Quarteto enfrentou uns 4 monstros gigantes (Na primeira, só estou contando o verdão). Isso pode ser uma herança das revistas da Marvel da época, que tinham muitos desses.
Na edição #5, temos a “grande” primeira aparição de Doutor Destino, e um pouco de sua origem e como ele estudou com Reed Richards. Mas o plano do vilão aqui é um tanto quanto estranho, ele manda os três homens em busca das “Pedras de Merlin”, na época dos Piratas, enquanto deixa Sue de refém. É, bem estranho. Eles até conseguem pegar as pedras, dentro de um baú com outros tesouros, mas por culpa de Ben, que se volta contra os outros 2, eles quase são “mortos”. E Reed engana o Destino, usando correntes no baú para fingir que são esses tesouros, e quando Destino parece derrotado, descobrimos que ele era um Doombot e que o verdadeiro estava escondido. Destino até tira o oxigênio da sala pra matar eles, mas Sue acaba saindo do lugar onde estava refém e liberta os outros. E destaque pro Johnny lendo a primeira edição de Incrível Hulk, personagem que iremos abordar em outro post
Na edição #6 temos o primeiro crossover de vilões, entre Destino e Namor, que fazem um plano mirabolante de levar o Edifício Baxter para o espaço, com um dispositivo magnético criado pelo Doutor, que acaba traindo Namor, obrigando ele a trabalhar junto aos seus rivais. Namor acaba derrotando Destino e ele fica a deriva no espaço, sem destino, mas isso é pra outra edição. Aqui podemos ver de novo Sue com um interesse em Namor, até tendo uma foto dele guardada. E também vemos uma segunda versão da planta do Edifício Baxter
As últimas edições deste post, #7, #8, #9, não são interessantes quanto as outras, sendo a que mais se destaca, a #8. Na edição #7, um alien usa um tipo de tecnologia para todas as pessoas odiarem o Quarteto Fantástico, e faz o Quarteto se refugiar no planeta deles que estava para ser destruído. Esse alien então pede para que Reed crie uma solução para todas as pessoas fugirem. Na edição #8, presenciamos a primeira aparição de Alicia Masters, e seu padrasto, o vilão Mestre dos Bonecos, que tem um poder (um pouco) overpower de poder controlar as pessoas que ele criasse versões em bonecos com barro radioativo, além de uma aparência um tanto quanto estranha, e também tivemos o Reed criando uma fórmula que reverteria a forma de coisa de Ben, mas que igual nas outras aparições não durou muito. E na edição #9, por algum motivo, o Quarteto acabou falindo (Isso mesmo que você leu), e acabaram ganhando uma proposta de Namor para fazer um filme e ganhar dinheiro, mas que na verdade era um plano para derrotar o Quarteto, que obviamente é parado pelos membros do Quarteto.
Essas foram as principais coisas que ocorreram no ano 1 da Marvel, vamos dizer assim. Pelo menos para o Quarteto, que tiveram edições muito boas por Kirby/Lee, mas esse ano ainda não acabou e o próximo episódios vamos ver as 6 (e únicas) edições do Verdão da Marvel, o Hulk
Postar um comentário