Como parte do meu plano para deteriorar minha sanidade, decidi rever todos os filmes da franquia Transformers. E já no terceiro eu senti um desgaste, parece que todos os filmes são iguais, com a única diferença sendo a escalada no escopo e no humor excêntrico do Bay, que fica cada vez mais bizarro a cada filme que passa. Bay repete os mesmos erros que cometeu nos anteriores e também ele nem deve se importar. Com a bilheteria absurda que esses filmes têm, não há erro que importe para os olhos do Bay e de seus produtores. 

Logo de início temos a duração exageradíssima do filme, com duas horas e quarenta minutos sendo que a trama é bem simples e poderia ser contada em muito menos tempo de tela. Está claro que além do seu fetiche em destruição e explosões, Bay ama fazer filmes longos. Não que eu odeie um longa automaticamente só por que ele tem uma duração maior que a padrão, mas não há necessidade de uma história sobre robôs lutando entre si durar quase que três horas. 

E é claro, temos as sequências de ação do Bay, que eu até consigo gostar, mas aqui elas incomodam. Não tem como entender o que está se passando na tela. É impossível. Ainda mais quando é uma luta entre os cybertronianos, sejam Autobots ou Decepticons. São tantos cortes e o enquadramento também não ajuda. No final você acaba apenas vendo peças metálicas voarem e estilhaços caindo. Se a ideia de Bay era que você imaginasse o que estava acontecendo durante a luta então tudo bem, com certeza o que você imaginasse seria melhor do que aconteceu durante as cenas. 



As atuações também não ajudam muito, todas as performances são fracas, sem inspiração ou energia, apesar de termos nomes no elenco como Frances McDormand, John Turturro e John Malkovich, que interpretam papeis cômicos, algo que não é ruim à primeira vista, mas eles nunca são utilizados apropriadamente e na verdade eles só estão no elenco para mostrar que Bay pode contratar quem ele quiser pros seus filminhos de robôs. 

Mas também não há como se esperar muito das atuações quando a maioria dos personagens são desinteressantes. Bay não consegue te fazer se importar com os personagens humanos e no final de todos os Autobots e Decepcticons, apenas o Optimus Prime, o Bumblebee e o Megatron algum tempo de tela considerável, o resto é deixado de lado e nem seus nomes são revelados.  

Transformers: O Lado Oculto da Lua é péssimo e possui poucas qualidades redentoras, quase nada se salva em suas quase três horas de duração. Talvez a fantástica trilha sonora de Steve Jablonsky, as dublagens de Hugo Weaving e Peter Cullen, os efeitos especiais e algumas das ideias apresentadas, como a da ida até a Lua ter sido motivada por causa de uma nave dos Autobots e o acidente de Chernobyl estar relacionada aos Decepticons. Fora isso, nada mais presta. 

Nota: 2 

Publicado por: Sam.

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