Drama biográfico de Jean Marc Vallée foi um dos melhores filmes de 2013 e conseguiu levar algumas estatuetas pra casa na premiação do Oscar 2014.

Ron Woodroof(Matthew McConaughey) é um eletricista diagnosticado com Aids nos anos 80, um período bem obscuro da doença, onde quase não se tinha informação e nem um tratamento correto. Após descobrir sua doença, lhe é dado apenas 1 mês de vida, e ele decide ir procurar tratamentos alternativos para tentar se tratar, e começa a vender seus produtos para outros que sofrem da doença.

Baseado em uma história verídica, o filme conta sua história por duas perspectivas que se encontram: o foco do roteiro não é mostrar o quanto a doença vai matando o protagonista, muito pelo contrário, o personagem já inicia sua trajetória aqui muito ruim de saúde, e acaba melhorando gradativamente. O roteiro mostra como Ron consegue ter um bom aprendizado e se torna uma pessoa melhor fazendo algo errado, dentro da lei estadunidense na época. Curioso como o personagem consegue fazer o certo, mesmo indo contra a legislação, talvez seja o grande ponto forte do filme. 

Dentro dessa evolução do personagem, está Rayon(Jared Leto), uma personagens transsexual, que acaba fazendo Ron conhecer um lado do mundo que ele era contra, sendo extremamente preconceituoso e babaca. Rayon tem muito carisma, vive de uma maneira mais leve e irresponsável, e é o grande responsável pela evolução de Ron.

Matthew McCounaghey tem a melhor interpretação de sua carreira. Seu personagem o existe tanto fisicamente, como dramaticamente, o ator emagreceu demais, e está praticamente irreconhecível. Por seu papel, ganhou seu primeiro Oscar como melhor ator. Igualmente incrível, Jared Leto também levou seu primeiro Oscar, como ator coadjuvante, com uma perfomance leve a tocante, que foi muito bem dirigida, talvez na mão de outro diretor e ator, poderia ter virado uma caricatura, ou um estereótipo. Além deles no elenco, temos também Jennifer Garner, que embora esteja bem, não tem o mesmo brilho dos outros dois.

O filme não é perfeito, pois faltou uma direção mais estilosa. Embora o diretor esteja muito bem, talvez seja pela pouca experiência, senti falta de algumas tomadas melhores, ou ambientes com fotografias mais vistosas.

Clube de Compra Dallas é um grande filme, tem muito a dizer sobre uma terrível doença, e como uma pessoa pode evoluir tendo uma notícia tão triste.

Nota: 8,5

Publicado por: Bruce.

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