Primeira temporada da série adaptada de quadrinhos tem bons personagens, mas alguns problemas.

Sinopse: Antes de falecer, o milionário Sir Reginald Hargreeves (Colm Feore) adotou sete crianças a fim de treiná-las para combater o mal. Depois que ele morre misteriosamente, esses jovens habilidosos unem suas forças para seguir o caminho para o qual seu pai adotivo os criou e acabam se envolvendo em um mundo muito mais perigoso do que eles imaginavam ser possível.

Ok, essa sinopse não é totalmente sincera com o que vai acontecer na temporada, porque logo no início da temporada vemos o Número 5 (Aidan Gallagher) voltando do futuro para alertar seus irmãos que o fim do mundo está próximo. E só isso foi capaz de unir os irmãos, que se separaram faz tempo e tem conflitos entre si.

Obviamente cada um desses irmãos tem sua própria personalidade. O Número 1, Luther (Tom Hooper) é o mais responsável de todos, por isso é tratado como um líder. O Número 2, Diego (David Castañeda) é o esquentadinho, mas tem certo carinho por algumas pessoas à sua volta e uma rivalidade com Luther. A Número 3, Alison (Emmy Raver-Lampman) busca uma reconciliação com a filha, após ter usado seu poder de forma errada e se separado do seu marido, além disso ela tem um certo romance com Luther. O Número 4, Klaus (Robert Sheehan) é o mais tagarela e não tem tanta intimidade assim com os irmãos por atrapalhar mais do que ajudar, com o seu poder de falar com os mortos ele é capaz de conversar frequentemente com o Número 6, Ben (Justin H. Min) que acabou morrendo de forma brutal (coisa que é dita ao longo da temporada). O Número 5 se acha superior aos outros, além de ser bem esperto. E a Número 7, Vanya (Ellen Page) que desde sempre foi a mais isolada e excluída dos irmãos por não ter poderes.


E falando nos personagens, todos eles tiveram um bom tempo de tela, o que acaba fazendo você criar certo favoritismo por alguns deles, e os que eu mais gostei ao longo dos episódios foram o Número 5, acho que o ator mandou muito bem em interpretar um velho no corpo de uma criança, e também gostei da dupla que Diego e Klaus formam na reta final da temporada, foi uma parceria dinâmica e divertida de se ver. Além disso a série tem um elenco bom e carismático, em que a maioria dos atores se encaixaram nos seus personagens.

Além dos personagens principais, temos Hazel (Cameron Britton) e Cha-Cha (Mary J. Blige), que são agentes mandados atrás do Número 5 após ele quebrar o código da empresa em que trabalhava. Tive um pressentimento, principalmente na reta final da temporada, que esses personagens só estavam simplesmente jogados ali, mesmo tendo um tempo de tela favorável, acho que os personagens já eram desnecessários em certo momento da história.

A estética maluca e estranha dos quadrinhos conseguiu ficar muito bom nessa adaptação. Porém, acho que um dos problemas da série é a duração dos episódios, em alguns momentos senti que a série ficou muito arrastada, e também confesso que fiquei decepcionado com o final, eu esperava logo uma resolução dos problemas nessa temporada, mas parece que isso vai ficar para a próxima.


Agora falando dos efeitos especiais da série, achei até aceitável o CGI do personagem Pogo (Adam Godley), mas no último episódio os efeitos em geral ficam bem artificiais. Mas agora com o sucesso da série já podemos esperar um aumento no orçamento pra próxima temporada, e já no trailer vemos uma certa melhora.

Se você quiser ver uma boa adaptação de quadrinhos e um produto de qualidade original da Netflix, te recomendo essa série, que mesmo com alguns problemas tem uma boa primeira temporada, e que só tende a melhorar no futuro.

Nota: 7,5

Publicado por: Doug.

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