Na pequena cidade sem lei de Redemption, há um torneio anual de duelos de pistolas na qual o último homem vivo fatura uma ótima recompensa.  Harod (Gene Hackman), o temido autocrata dessa cidadezinha e que pede impostos absurdos para comércios, é o homem que iniciou esse torneio, por motivos explicados no filme, e que logicamente continua invicto, já que ele ainda está vivo. Chegando lá, a pistoleira Ellen (Sharon Stone), que é do tipo silenciosa e durona, entra no torneio e apesar de dizer que é pelo dinheiro, ela possui outra motivação. 

O filme possui várias qualidades, e uma delas é seu elenco impressivo. Dentre os atores presentes no filme, temos a presença de Sharon Stone, Gene Hackman, Leonardo DiCaprio e Russell Crowe, então o filme apresenta um baita conjunto de atores. Apesar de que na época o impacto de alguns desses nomes não ser o mesmo de hoje, já que o filme foi feito com o DiCaprio antes de fazer Titanic e Crowe antes de ganhar seu Oscar, isso não tira o peso de suas performances, que são boas. Mas é Hackman que dá um show aqui, com uma atuação que eleva o personagem que ele interpreta, que tem presença de tela e que sabe entregar ótimos diálogos. 

Mas o que me fez amar esse filme foi a direção de Sam Raimi. Ele é o diretor da trilogia Evil Dead e dos filmes do Homem-Aranha com o Tobey Maguire, e se você já os assistiu, sabe que são filmes extremamente estilizados e aqui não é diferente. Talvez seja por que eu já sou fã do estilo do Raimi, mas sua direção tem uma energia tão cativante que dá pra perceber claramente quanta paixão está envolvida por trás das câmeras. Nada parece repetitivo já que há sempre uma variedade de planos e técnicas, e o filme mostra vários dos elementos recorrentes nos filmes do Raimi, como por exemplo o uso do crash zoom que eu pessoalmente gosto bastante.  O filme também brinca muito com o faroeste spaghetti, e o longa é sobre esse subgênero, algo que lembra Evil Dead 2 que também brinca com clichês e celebra os filmes B. 


Um dos pontos altos do filme são as cenas dos duelos, que são bem trabalhadas, e todas elas são distintas umas das outras, principalmente por causa do ritmo e da edição, que sempre varia e impede que as cenas pareçam repetitivas. O filme também é ótimo tecnicamente falando, já que possui ótimos cenários, com um design de produção lindo, assim como os figurinos, que combinam com a personalidade de seus personagens. A trilha de Alan Silvestri casa com o filme de forma perfeita, e a música tema do filme é bastante melódica e memorável, uma que grudou na minha cabeça por um bom tempo depois do filme acabar. 

O western de Raimi é autêntico e divertido. Apesar de ser um caso de um filme com mais estilo do que substância, eu relevo todos os problemas com o roteiro e alguns personagens. São uma hora e trinta minutos que passam rápido e que cumprem seu papel como entretenimento.  

Nota: 8,5 

Publicado por: Sam.


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