Sendo considerado o último exemplar da trilogia das cores encabeçada anteriormente por Demolidor:Amarelo e Homem-Aranha:Azul, somos presenteados pela obra fúnebre feita pela magnífica dupla Jeph loeb e Tim Sale, Hulk cinza veio pra nos brindar com uma narrativa triste e sóbria do passado do monstro mais forte que existe. Cheio de homenagens e algumas mudanças ocorridas em volta da historia.

Ao começar a história dessa ótima HQ, ela é bem diferente das demais já analisadas anteriormente aqui, ela larga de vez os monólogos, e somos apresentados a uma troca de diálogos entre Bruce Banner e seu psicoterapeuta Leonard Samson. A história é centrada em revisitar a origem do Hulk e seus primeiros dias após transformação, relatados em sua noites como o grande monstrengo crianção em um mundo totalmente novo a ele. A história em certo ponto centrado no Hulk é adoçado por situações descontraídas, mas que naquele breu mais leve existe algo muito mais obscuro por trás. A historia rende um ótimo desenvolvimento de monstro e hospedeiro que Bruce tem que carregar forçadamente por muitos anos. A história é bem conduzida, mas um tanto apressada em certos acontecimentos, que eu falando me perdi um pouco em uma parte em questão. Sem falar na entrada de certo vingador, sem mais nem menos, que no fim é um tanto faz. São deslizes mínimos, que acho que não vai desviar o foco do leitor. A história é um relato também de Betty Ross, um tributo a mesma que, pelas próprias palavras ditas pelo Banner, é uma mulher fantástica. E com certeza de importância na mitologia em volta do personagem, que aliás, as situações dela com Hulk são um ponto forte mostrando um elo em comum entre Bruce e Hulk, a Paixão por Betty. Sem dúvidas o Hulk aqui é um personagem ambíguo, com uma personalidade mais infantil, ele tenta remeter aquele Hulk de Stan Lee e kirby, personalidade essa que coube certeiramente no tom da história, não só o Hulk, como general Ross, que aqui é trazido da forma mais maníaca e descontrolada possível, que futuramente seria um dos maiores inimigos do personagem. Aqui ele é mais extremo, até mesmo em sua questão familiar, nos trazendo uma percepção mais dura em relação a sua filha e esposa. Algo relatado em uma das páginas da HQ muito bem expostas, honrando sem dúvidas sua característica de perseguição ao monstro verde. Um doente de manicômio perto do Ross é um santo, isso só mostra a eficiência de uma narrativa bem executada.

A HQ, além de tudo traz homenagens bem vindas dos primórdios do grandão,  trazendo uma nostalgia ótima a toda história. Desde as referências a primeira noite do Hulk, até suas páginas finais, temos a mitologia do verde esmeralda totalmente respeitada pela dupla, trazendo seus toques aqui e ali nos quadros sem nunca dar aquela complexada exagerada que existe por ai, direta e simples bem feita.

A arte do Tim Sale é outro grande ponto nessa HQ, remetendo ao extremo traços de Kirby na história(homenagem mais que boa), além de trazer sua própria assinatura de sempre. Com o design do Hulk sendo muito bem desenhado, trazendo uma fera mais bestial com traços coincidindo a sua personalidade aqui, excelente conceito. Com certeza é uma historia repleta de imagens ricas.

Conclusão: Uma análise sobre a mentalidade do Hulk, sobre uma sombra que assola um médico preso a sua maldição. Hulk cinza é uma HQ que pode não agradar, mas com certeza é uma das melhores histórias do verdão.

Nota: 9

Publicado por: Avast.

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