Apesar do saldo extremamente positivo com uma gameplay bastante aprimorada, o terceiro capítulo da franquia não entrega uma experiência superior ao seus antecessor.

Primeiramente, é importante esclarecer que “Uncharted 3: Drake’s Deception” está longe de ser um jogo ruim, muito pelo contrário, porém após finalizar o excelente segundo título da franquia (Among thieves), tive a sensação de que alguns (porém poucos) elementos deixaram a desejar, o que não exatamente arruinou minha experiência, já que apesar de tudo, sua jogabilidade aparente ter melhorado bastante

Na trama, Nathan Drake (mais uma vez interpretado por Nolan North) se une a seu mentor e figura paterna Victor Sullivan (interpretado por Richard McGonagle) em busca de outra descoberta de seu ancestral Sir Francis Drake, porém, para chegar até lá, os dois terão que lidar com uma velha inimiga do passado deles.

Assim como no primeiro título (Drake’s fortune), o jogo começa com um tutorial básico para o sistema de combate corpo a corpo, onde as animações e os movimentos de Drake estão bem mais suaves e divertidas de realizar, outro detalhe interessante é que em alguns segmentos próprios para esse tipo de combate também é possível utilizar alguns objetos nos determinados locais para derrubar seu oponente com mais precisão, em algumas partes da campanha, Drake terá que enfrentar alguns inimigos que são bem maiores que ele e só poderão ser derrubados com socos. Logo em seguida, o jogador é apresentado com um flashback que mostra como Nathan e Sully se conheceram e que sua relação será um ponto importante na história.

Em relação ao combate com armas, não houve grandes alterações, ainda existe uma grande variedade dentro do jogo, e o jogador ainda consegue armas mais poderosas durante o decorrer da história, porém, o jogo possui uma nova mecânica que permite que Drake jogue de volta as granadas lançadas por seus inimigos antes que elas explodam, o que se mostrou bastante útil. As sessões de tiroteio, embora  não sejam tão excessivas quanto em “Drake’s fortune”, ainda aparentam uma dificuldade bem maior mesmo quando você está acompanhando de seus parceiros que raramente ajudam no combate, os quebra cabeças também estão bem mais difíceis agora, o que pode ser frustrante para alguns jogadores.

Algumas sequências de ação, apesar de serem um pouco exageradas a ponto de serem dignas de um filme da franquia “Velozes e Furiosos”, são sessões bastante divertidas e possivelmente as melhores partes na campanha, mas também mostram que o jogo provavelmente é onde Drake mais sofreu fisicamente. Como sempre, a franquia sabe bem introduzir novos personagens, porém infelizmente, eles não são tão bem aproveitados como poderiam ter sido, pessoalmente, gostaria que Chloe e Charlie tivessem sido mais utilizados na história. Os antagonistas principais são provavelmente os mais detestáveis de toda franquia, o que deveria tornar sua derrota mais satisfatória, porém, o último chefão é um tanto quanto simples e decepcionante, fazendo com que seja bem provável que o jogador consiga derrotá-lo na primeira tentativa.

Apesar de não ser superior ao seu título anterior, “Uncharted 3: Drake’s Deception” ainda é um ótima adição à franquia que demonstra muitas melhorias em sua jogabilidade.

Nota: 8

Publicado por: Arthur R. Vale.

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem