Adaptação da obra de Rick Riordan é genérica, preguiçosa e clichê.


Sinopse: Após descobrir ser filho de Poseidon com uma mortal, o jovem Percy Jackson embarca numa viagem por um EUA cheio de criaturas mitológicas afim de salvar o mundo.
Chris Columbus foi o diretor responsável por trazer Harry Potter às telonas em 2001 e o fez com muito êxito, contudo na adaptação da saga “Percy Jackson e os Olimpianos” o resultado não foi o mesmo. O filme erra em aspectos de direção, roteiro, atuação e falha especialmente na apresentação desse universo para o público. Inicialmente, o maior demérito da película é ter um roteiro muito superficial, personagens são mero estereótipos e os diálogos são o suprassumo do clichê. Tudo que envolve o personagem principal é tratado com muita importância na teoria, pois na prática o senso de urgência não é levado muito a sério, isso sem falar nas atuações caricatas. A atuação de Logan Lerman como Percy é dependente de caras e bocas, fora a sua total incapacidade de convencer nas lutas. Os outros personagens são tão problemáticos quanto, Annabeth entra na aventura por um motivo sem desenvolvimento e parece ser a cota feminina do grupo. Alexandra Daddario tem presença nas cenas de ação, mas é outra que atua mal. Glover é o alívio cômico e não passa disso. Talvez a performance mais memorável seja da Uma Thurman como Medusa.
No que tange aos aspectos técnicos, o filme se sai bem no CGI, o design das criaturas é assertivo e há uma boa textura nos efeitos. Por outro lado, o design de produção é um dos mais sem imaginação que já vi em filmes do gênero. Tudo parece muito barato, isso se estende dos cenários aos figurinos que também não possuem a menor imponência. A história em si é preguiçosa, o modo como o roteiro faz exposição já é ruim, mas as  atuações estão tão fora de sintonia que dá um ar muito imbecil sempre que um personagem conta algo que deveria se “importante”. O filme tem um primeiro ato muito apressado e com isso muitas informações são jogadas no colo do público e não é dado tempo suficiente para a absorção delas nem por parte do protagonista e nem para quem assiste. Lá pro meio do segundo ato o ritmo fica menos frenético e algumas cenas são bem divertidas, o desfecho apela pra batalha entre o vilão e mocinho com direito a muito CGI, mas não atrapalha muito e o resultado é satisfatório.
Percy Jackson e o Ladrão de Raios é um filme com potencial desperdiçado por pessoas que não entenderam o universo da obra.

Nota: 5,0

Publicado por: Matheus Eira.

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