Novo capítulo do Monsterverse é divertido e bem dirigido, mas possui os mesmos defeitos de seus antecessores.
Sinopse: Cinco anos após os eventos do primeiro filme, a existência de monstros veio a público. A agência Monarch tenta escondê-los o máximo possível para evitar que caiam em mãos erradas, mas após uma cientista e sua filha serem sequestradas por ecoterrorristas, inicia-se uma corrida contra o tempo para impedir que esses monstros acordem e destruam o mundo.
À primeira vista, o principal acerto desse novo capítulo do Monsterverse foi investir ao máximo em deixar o filme bem aprazível para os espetadores tal como foi Kong: A Ilha da Caveira. O diretor Michael Dougherty aposta em muita pancadaria entre os Titãs e expande consideravelmente bem a mitologia desse universo. Conceitos como o da ecolocalização e da terra-oca apresentados em outros filmes são bem utilizados na trama e dão uma sensação de continuidade bem definida dentro do enredo. No que tange as cenas de ação, são as melhores de toda a franquia. O CGI não é exagerado e a fotografia permite que o espectador veja as lutas sem um breu no ambiente tal como no primeiro filme.
Só que mais uma vez o elemento humano é o elo mais fraco desse projeto, os personagens são tão problemáticos que não sei por qual começo. A Dra. Emma interpretada por Vera Farmiga tem um dilema interessante, mas é mau explorada pelo roteiro, pois a todo momento ela contradiz suas próprias ações. Seria melhor terem deixado ela como a vilã principal ao invés de uma abordagem de anti-heroína que simplesmente não funciona. A Millie Bobby Brown está no elenco só pra tentar chamar os fãs de Stranger Things porque narrativamente falando, ela é um zero à esquerda. O personagem mais aceitável é Mark do Kyle Chandler, ele é o único que passa por uma real modificação ao longo do filme ao rever seus conceitos sobre os Titãs e se libertar de seu ódio por eles. O filme desperdiça o resto dos atores para fazer piadas ou serem comidos com o foi o caso da Sally Hawkins.
Em todo caso, o filme é bem divertido e a mitologia dos Titãs é interessante o suficiente para prender o espectador. As lutas entre o Godzilla e Rei Guidorah são muito bem filmadas e o CGI dos outros Titãs está no ponto também. O final deixa ganchos para o aguardado Godzilla vs Kong que será lançado em novembro deste ano.
Godzilla II: Rei dos Monstros é um filme pipoca divertido, mas com seus tropeços.

Nota:7,0

Publicado por: Matheus Eira.

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