AVISO: A CRÍTICA A SEGUIR CONTÉM SPOILERS APENAS DAS TRÊS PRIMEIRAS TEMPORADAS DE ARROW.

  É isso aí meus companheiros, depois de uma primeira temporada legalzinha e uma segunda temporada de qualidade no mínimo questionável, a terceira temporada de Arrow se mostra uma piada de mal gosto com o espectador, que tem que aturar roteiros imbecis que se repetem infinitamente em uma temporada arrumadíssima de 23 episódios.
  Na trama, o time Arrow tem que investigar o assassinato de Sara Lance (Caity Lotz), depois de 9 longos episódios, eles descobrem que foi a própria irmã do protagonista Oliver Queen (Stephen Amell) que a matou sob o controle mental de Malcolm Merlyn (John Barrowman), então Oliver luta com o líder da Liga dos Assassinos, que Sara fazia parte, Ra’s al Ghul (Matt Nable) e quase morre mas sobrevive, por esse motivo Ra’s quer que Queen seja seu sucessor na liderança da Liga (reparem que em poucas linhas já resumi 16 episódios)
  Se as temporadas anteriores já eram extremamente formulaicas, aqui essa fórmula praticamente é escrita no roteiro de tanto que se repete, reparem que os primeiros minutos antes da tela de titulo da maioria dos episódios são para resolver o cliffhanger do episódio anterior ou mostrar o crime investigado na semana e depois passam-se 30 minutos de draminhas adolescentes, envolvendo ou não a trama principal da Liga dos Assassinos, e o tal caso da semana, então no exato segundo em que o minuto 30 é atingido o roteiro corre para resolver o caso da semana nos próximos 5 minutos, e então o resto do episódio é o cliffhanger pro próximo episódio
  E os personagens, como sempre, estão uma vergonha, Stephen Amell, e sua imutável expressividade de pedra, nos entrega um Oliver Queen exatamente igual ao da temporada anterior, ele não evolui como pessoal ou como vigilante, ele age da exata mesma forma que na temporada anterior, o mesmo pode ser dito de Diggle (David Ramsey) e Roy Harper (Colton Haynes), e mesmo os poucos personagens com “desenvolvimento” presentes tem um arco risível, como Laurel Lance (Katie Cassidy) vira a super heroína Canário Negro com meia dúzia de aulas de boxe e consegue bater de frente com ninjas treinados desde o nascimento para lutar, o mesmo vale para Thea, que passa alguns meses treinando com Merlyn e já vira a melhor arqueira que a humanidade já viu. Mas não podemos deixar de citar Felicity Smoak (Emily Bett Rickards), se nas temporadas anteriores ela era apenas um pé no saco com suas piadas mais do que saturadas, aqui ela já se torna uma personagem detestável, pra completar ela ainda tem um irritante triângulo amoroso com Queen (romance que com certeza surgiu porque os produtores usam Tumblr) e Ray Palmer (Brandon Routh). Palmer inicialmente aparece como o empresário benevolente que compra as empresas Queen, mas como não existem pessoas normais nessa série, ele tem o desejo oculto de ser um super-herói e cria uma armadura que mais faz ele parecer um primo feio do Homem de Ferro do que qualquer outra coisa. Routh é um bom ator, mas os roteiros aqui são tão rasos e sem graça que ele não consegue se destacar em momento algum, se ele não protagoniza-se depois os Guardiões da Galáxia de baixo orçamento, vulgo Legends of Tomorrow, eu provavelmente nem lembraria de sua existência.
  Sobre a trama, ou melhor os draminhas adolescentes, alguém consegue explicar o porquê de tantos segredos? Até mesmo a morte de Sara é escondida de Quentin Lance (Paul Blackthorne), seu próprio pai, e não só isso mas praticamente toda dupla de personagens aqui guarda um segredo um do outro, exceto a identidade secreta de Queen que só falta ele sair por aí com um placa escrito “Eu sou o Arrow” de tanto que ele conta seu segredo; o pior mesmo é que todos esses personagens tem o exato mesmo objetivo, mas mesmo assim mentem uns pros outros sem parar.
  Mas não podemos acabar sem falar dos flashbacks, que foram motivo de elogio nas temporadas anteriores, aqui se transformam em piada, neles Queen é trazido para a China pela A.R.G.U.S de Amanda Waller (Cynthia Addai-Robinson) ao lado do assassino Maseo Yamashiro (Karl Yune) e sua esposa ninja (afinal ninguém nessa série desconhece artes marciais) Tatsu, a Katana dos quadrinhos, tentando impedir um terrorista de matar a população de Hong Kong ou algo parecido, mas enfim os flashback não servem pra nada, okay que Maseo e Tatsu aparecem no presente mas são praticamente irrelevantes, só atrapalham o ritmo dos episódios e também entregar roteiros cada vez mais idiotas, como o episódio em que o trio vai para Starling City (porque trazer um dos rostos mais conhecidos de um lugar em uma missão secreta naquele lugar é a atitude mais inteligente possível).
 A terceira temporada de Arrow é um horror em forma de série, roteiros que extrapolam todos os limites do absurdo, atuações de péssima qualidade e uma trama arrastada, demais tornam essa temporada uma das piores do sub gênero de super-heróis.

P.S. - Realmente é necessário dedicar um parágrafo inteiro para as atuações? Basta dizer que são todas terriveis.

Nota: 0

Publicado por: Johnny White.

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