Um grande clássico do cinema de terror, que consagrou um dos seres fantásticos mais icônicos desse gênero.
É legal ver que naquela leva de filmes de monstros que a Universal lançava a mais de 90 anos, tínhamos um filme que consegue flertar não apenas com o misticismo, mas com a superstição e ciência. No Lobisomem, filme de 1941, diferente da seara de filmes como Frankenstein e Drácula, que basicamente inauguraram essa leva, esse filme traz conceitos interessantes de uma velha lenda do Homem que se transforma em lobo a noite.
Larry Talbot (Lon Chaney Jr.) é um estudante que volta para se juntar ao pai em um castelo ancestral inglês para acompanhar o enterro de seu já falecido irmão. Na vila em que morava. As crenças também não mudaram muito, e as pessoas supersticiosas estão bastante dispostas a subscrever a teoria de que um homem mordido por um lobisomem se transforma em um lobisomem.
E basicamente acompanhamos todo o restante da história onde vemos Larry sendo mordido por um lobo em uma noite de passeio com sua amada Gwen Conliffe (Evelyn Ankers) e agora precisará enfrentar as consequências sobre, o roteiro de Curt Siodmak tenta valentemente justificar as circunstâncias estranhas. Há um personagem médico que racionaliza desta maneira: "Um homem perdido no labirinto de sua própria mente pode imaginar qualquer coisa para si mesmo." Os jogadores estão igualmente determinados a levar as coisas a sério, e o roteiro é generoso em fornecer a eles mais do que o suficiente para se preocuparem.
A produção do diretor George Waggner é assertiva em efeitos atmosféricos, e sua direção é completamente capaz de misturar muitos elementos diversos. É o tipo de trabalho que exige uma perspectiva aguçada para ser bem-sucedido, já que a não é apenas um filme de terror, mas também podemos observar como uma história de amor, que funciona bem, apesar de que esses momentos entre o protagonista e o interesse romântico ainda conseguirem ser longas demais.
O ator Lon Chaney, que ficara conhecido por interpretar esse papel posteriormente e sendo um grande ícone no papel, traz uma performance excelente ao papel do Lobisomem, não apenas em atuação, mas fisicamente assume a maquiagem realmente aterrorizante criada aqui, sua imagem como Lobisomem é reconhecida até os dias de hoje, e apesar do jovem querer conferir esse filme e não sentir nada vendo esta versão do lobisomem mais humanoide e menos bestial, imagine nos anos 40 como não deve ter sido apavorante.
O elenco também contribui muito, Claude Rains, que empresta dignidade ao velho Talbot, Warren William impressiona como Dr. Lloyd e Ralph Bellamy pontuam bem como diretor dos policiais da comunidade. Evelyn Ankers é melhor como heroína do que como par romantica, seus gritos de socorro são até hoje memoráveis. o Toque de misticismo cigano introduzido é muito bem acompanhado na personagem interpretada por Maria Ouspenskaya, Destinados a serem levados a fins repentinos estão os papeis em que Bela Lugosi e Fay Helm aparecem.
O cenário de produção com o gótico fazendo presença e uma floresta sinistra, apesar da fotografia do filme, com o preto e branco. não ajudar em algumas cenas de noite que fica muito escuro, o filme faz um bom trabalho aqui.
Conclusão: Se você quer uma sugestão para esse Halloween ou nos próximos que vierem, Lobisomem com seus 69 minutos é uma boa pedida para acompanhar a origem de um dos maiores monstros populares já feitos, um ótimo filme, que com certeza vai te deixar imersivo ao ver pela primeira vez.
Nota: 8
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