Nesse quarto capítulo, temos os detetives Mike Lawry (Smith) e Marcus Burnett (Martin) tendo que entrar em mais uma enrascada violenta, ao tentar limpar o nome do falecido Capitão Howard (Joe Pantoliano), assassinado no filme anterior, que acaba por ser acusado de corrupção dentro do sistema policial ao, aparentemente, fazer alianças com cartéis de drogas.
Tendo o pano de fundo inicial o casamento de Lawry com a (nova) personagem Christine (Melaine Liburd), temos uma continuação temática de Para Sempre, com o detetive tendo que conciliar sua nova vivência familiar com o constante medo das pessoas amadas sempre estarem, em perigo. Junto disso, temos Marcus agindo, quase como um guia espiritual para o parceiro, ao ter uma série de visões e "epifanias" depois de sofrer um ataque cardíaco em meio às celebrações do casório.
A estrutura geral da história, que aqui tem roteiro de Will Beal (Aquaman) e Chris Bremer, é basicamente idêntica ao que a franquia apresentou nos outros 3, sempre com a icônica cena dos protagonistas levantando em meio a cidade, após terem quase sido mortos confrontando os antagonistas, as cenas de "investigação" bem humoradas e as batalhas finais em locações um pouco mais extravagantes. Pode se dizer que é repetitivo? Sim, mas como isso sempre tá "sanduichado" entre interações cômicas e cenas de ação que, parecessem superar-se a cada filme, não é como isso se importasse muito.
A dinâmica de ambos Smith e Lawrence continua sendo o carro-chefe do filme. Não é como se ela fosse, de forma hiperbólica, toda hora superando-se, mas a química e o carisma que eles exalam junto já um ponto forte que fez essa dupla ficar eternizada, e que continua (e deve continuar) funcionando a cada novo capítulo da história dos detetives
Sobre os personagens secundários mais importantes, Kelly (Vanessa Hudghens) e Dorn (Alexander Ludwig) ficam no banco de trás, na maior parte do filme, não só por serem do time de apoio, e sim mais por não terem tanta importância, até o final, onde ambos tem que ajudar a dupla protagonista na batalha final. Em contrapartida, o filho de Mike, Armando, interpretado por Jacob Scipio, volta com ainda mais destaque, dentro desse arco sobre o medo de perder quem ama que o detetive vive, com a obra tentando construir uma maior conexão entre os dois, com Marcus, servindo de intermediador.
No outro lado, os vilões são a parte um pouco mais desinteressante. A cena de introdução do antagonista principal, James McGrath (Eric Dane), na verdade, é uma das melhores do filme, e pinta bem o tom ameaçador que esperamos, que infelizmente acaba por não sustentar durante toda a duração. Obviamente, McGrath e seu bando estão ali para dar e tomar tiros, mas para uma saga que já teve Johnny Tapia (Jordi Mollà) - vilão de Bad Boys 2 - é um pouco decepcionante.
Agora sobre o trabalho de Abil e Billal, como se isso já não fosse verdade no terceiro, apresentam incrível visão e criatividade, que não é restringida só as cenas de ação, tendo de exemplo a cena dos delírios de Marcus durante o coma, porém, e com certeza nos momentos de tiroteio que eles decolam. Seja numa abordagem mais dinâmica, como a de foco na arma dos personagens, ou mais parada, com maior foco nos planos, representada pela cena na residência dos Lowrey, a dupla com certeza faz jus a uma franquia que teve um grande nome dos filmes de ação atrás das câmeras.
Em conclusão, apesar de continuar seguindo aquela mesma fórmula "consagrada" dos que vieram antes, Bad Boys: Até o Fim, consegue segura-se muito bem, e sabendo trabalhar as melhores forças que a franquia apresenta.
NOTA: 8,5
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