Lançado nos últimos dias no catálogo da Netflix, o curta ‘A Maravilhosa História de Henry Sugar’ é a definição praticamente exata de como é uma obra do Wes Anderson, tanto para o bem quanto para o mal. 

Sendo uma das quatro adaptações dirigidas por Anderson (que vão estrear nos próximos dias) também para a Netflix, é uma adaptação do conto de Roald Dahl (também retratado no curta), e mesmo que em poucos minutos, traz as principais características da cinematografia do diretor: um roteiro afiado e um excelente uso de cores fortes dentro de belos cenários. 

Contando a história de Henry Sugar escrita pelo próprio Dahl, que começa a o descrever como um homem rico que consegue enxergar mesmo com os olhos fechados, e assim consegue muito dinheiro em cassinos e jogatinas, e futuramente fazendo um melhor uso dele.

Claramente inspirado pelo teatro, é prazeroso assistir a um projeto de Wes Anderson. Usando a técnica da narração, seus personagens a utilizam o tempo todo, sustentados por um excelente roteiro. As frases são precisas e os atores estão muito bem. O único problema é que as obras de Wes Anderson não são para todo mundo, e não deve agradar ao público que busque um mero divertimento.

Benedict Cumberbatch está muito a vontade no filme, tanto sua postura quanto sua entonação se adequam completamente ao tom do projeto. Ralph Fiennes, Ben Kingsley, Dev Patel, entre outros atores estão igualmente bem.

A maravilhosa história de Henry Sugar é um deleite visual para os fãs da filmografia de Wes Anderson. Com um roteiro afiado e sua característica inconfundível, é um dos aqueles exemplos que se assistíssemos ao curta sem saber quem era o diretor, descobriríamos imediatamente.

Nota: 8,0

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