A primeira temporada de The Last of Us já acabou, e após seu fim nos deparamos com a melhor adaptação de game já feita, com um trabalho primoroso do Craig Mazin nos proporcionando mais um drama de sucesso da HBO. Os nove episódios foram compostos por mais altos que baixos, e aqui irei ranqueá-los do pior ao melhor. Avisando que a lista terá SPOILERS.
9º Lugar: O Que Deixamos Para Trás (1x07)
Longe de ser um episódio péssimo ou desastroso, a adaptação da DLC Left Behind apenas não foi tão bom quanto os outros por alguns motivos. Não há nenhum problema ter um tempo para vermos a trágica história de como a Ellie foi mordida pela primeira vez que envolve seu relacionamento com a Riley, mas infelizmente o material aqui não está a par com a DLC original. Sem dúvida o episódio fica melhor quando as duas personagens chegam no shopping, mas seu começo é simplesmente desinteressante, apesar disso ser remediado com um ótimo final que mostra o quanto a Ellie se apegou ao Joel nessa longa jornada dos dois.
8º: Por Favor, Segure a Minha Mão (1x04)
Não dá para negar que a sequência de Joel e Ellie chegando em Kansas City para então se verem em uma emboscada feita pelos revolucionários da Kathleen, a principal antagonista desse e do quinto episódio, é muito bem dirigida e escrita, mas o resto do episódio não é tão impressionante assim. A própria introdução da Kathleen, que é uma personagem original da série, não faz você temer ela, chegando longe de ser uma vilã realmente ameaçadora. Mas algo que o episódio continua a fazer bem é o desenvolvimento da relação entre Joel e Ellie, com o destaque sendo pra cena na qual Joel diz pra Ellie que "você é só uma carga."
7º Lugar: Parentesco (1x06)
É necessário já elogiar de cara a fotografia perfeita de Christine A. Meier, comandada pela diretora Jasmila Žbanić, não há nenhum defeito a ser dado para o episódio no quesito visual, com o cenário gélido e tomado pela neve sendo um primor. Ele fica um pouco abaixo na lista pelo ritmo desajeitado, mas ainda assim apresenta cenas emblemáticas como a do Joel dizendo a Ellie que ela não sabe o que é perder, e também a do Joel pedindo quase que em lágrimas pro Tommy continuar sua viagem com a Ellie, com a atuação impecável do Pedro Pascal convencendo o público desse momento vulnerável de um personagem tão durão.
6º Lugar: Procure a Luz (1x09)
Sendo o episódio mais curto da temporada, não é difícil pensar que talvez a conclusão da história se mostrasse um pouco corrida. Apesar de alguns momentos serem mais rápidos do que mereciam, o season finale cumpre muito bem seu papel, e é satisfatório assim como o excelente encerramento do primeiro game. Não é preciso nem falar do já icônico final do Joel impedindo que a Ellie seja morta na cirurgia e logo após mentindo pra ele. Consegue fechar muito bem a trama de forma impactante e que não precisa utilizar truques como cliffhangers pra te deixar interessado pelo que vem a seguir na história.
5º Lugar: Quando Estiver Perdido na Escuridão (1x01)
O começo da temporada é simplesmente brutal. Não porquê é violento, mas porquê é aterrorizante, e no final é apenas uma cena em um talk show no qual dois epidemiologistas discutem a possibilidade de fungos causarem uma pandemia global. Ela já estabelece o tom da série, constrói muito bem sua atmosfera e já te deixa imerso no mundo. O que vem a seguir consegue ser ainda melhor. Adaptada perfeitamente do jogo, o início da pandemia pelos olhos de Sarah, a filha de Joel, é tão triste e devastadora como nos games, te deixando já investido na história.
4º Lugar: Infectados (1x02)
Seguindo o primeiro episódio e o acompanhando ao ser tão bom quanto, além de melhor em alguns aspectos. Vermos pela primeira vez um clicker em ação é sem dúvidas uma das cenas mais tensas da série, e muito bem dirigida pelo Neil Druckmann, criador da franquia. Além disso, a cena da morte da Tess consegue ser até melhor que a morte dela no game, mostrando pro público que está tendo seu primeiro contato com a franquia pela série que não dá pra se apegar ninguém. Por aqui já percebemos que a série será ótima, caso restasse alguma incerteza.
3º Lugar: Quando Mais Precisamos (1x08)
Caso você precisasse descrever esse episódio em uma palavra, talvez sombrio fosse sua escolha. Talvez não seja possível odiar ainda mais um vilão manipulador, canibal e pedófilo, mas David prova ser um personagem sem nenhuma qualidade e um monstro em pele humana, o que torna todo o embate entre ele e Ellie ainda mais angustiante do que uma sequência com infectados. Bella Ramsey rouba todas as cenas na qual ela tá e consagra sua performance como a melhor da série. Mais uma vez vale aqui destacar a bela cinematografia da série.
2º Lugar: Resistir e Sobreviver (1x05)
Não é apenas pela fantástica sequência do baiacu e um exército de infectados atacando os revolucionários de Kansas City e todos que se encontram no caminho, ou pelo trágico final que deixaria qualquer com um nó na garganta, mas também pelo modo belo que retratam a relação de irmãos do Henry e Sam, e como eles são o espelho de Joel e Ellie. O episódio sabe trabalhar muito bem todos os personagens até chegar em seu aparente clímax explosivo, apenas para depois quebrar seu coração com o triste fim dos dois irmãos. Mazin aqui conseguiu mais uma aprimorar o material que vimos no game.
1º Lugar: Por Muito, Muito Tempo (1x03)
Desculpa à aqueles que desgostam desse episódio por achar que ele é um filler, ou representação forçada, ou qualquer coisa do tipo. Vocês estão errados, e eu não tenho nenhuma culpa por isso. Aqui vemos uma história (quase) isolada do restante da série, e ela é escrita da forma mais bonita possível, nos mostrando toda a trajetória de Bill e Frank, do começo do relacionamento até seu final agridoce com o suicídio dos dois. É um olhar na vida de dois personagens incríveis que são interpretados de maneira primorosa por Nick Offerman e Murray Bartlett. Do primeiro ao último minuto somos levados por essa montanha-russa de sentimentos, e nela vemos que The Last of Us apresenta um mundo crível com personagens que sentimos como se fossem reais, o que torna todo o resto da temporada ainda mais pungente.
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