Conheça a UOL Play, e tenha acesso a filmes, séries e canais por assinatura da TV Fechada. Assista O Conto da Aia, De Férias com o Ex, ICarly e muito mais aqui.
Enfim, encerra-se uma das series mais comentadas dos últimos meses. E é triste dizer que a mesma, apestar do hype, não chegou a altura das obras de Tolkien. Tratando-se de qualidade show ficou mais para a adaptação de Hobbit do que a para a trilogia Senhor dos anéis.
O episódio final não chega a ser tão catastrófico e entediante como seus predecessores, mas passa longe de ser bom. Ele coloca pontos finais em diversos temas que vinham sendo construídos ao longo da série, dando brechas para serem exploradas em uma segunda temporada.
Mas toda ação e impacto ficaram apenas para o sexto episódio, pois aqui o máximo que temos é a batalha, do que agora já sabemos ser Gandalf com as "cultistas de Sauron"(sinceramente não sei o que são aquelas três moças, se alguém tiver ideia coloque nos comentários).
Apesar de grandes revelações, como a descoberta de que Halbrand é na verdade Sauron, o último capítulo não passa a sensação de um grande final, mas apenas causa uma dor de pensar que "tudo aquilo foi só pra isso?". É morno, sem graça e sinceramente, da a ideia de que a série poderia facilmente ter quatro episódios, com um novo corte e decisões mais interessantes de roteiro.
Falando sobre o roteiro, aqui ele está confuso como em todo o decorrer da série. Apenas como exemplo, Galadriel passa a desconfiar de Halbrand repentinamente, logo após de salvar a vida dele, e dentro de alguns minutos ela descobre que Sauron, o ser ao qual ela está há milênios procurando, estava na frente dela o tempo todo. Esse pequeno fragmento demonstra a essência do enredo: alonga o desinteressante e apressa o que poderia cativar.
Esse episódio conta também com um número excessivo de frases de efeito e diálogos péssimos. As tentativas de emular um simbolismo, ou beleza dos textos de Tolkien resultam em cenas pífias, dignas de dar risada.
Em teoria, um capítulo final de uma série deveria lhe trazer algum tipo de emoção: felicidade; raiva; tristeza; surpresa. Mas em Anéis de Poder, não a emoção, consequentemente, não se sente nada ao encerrar.
Apenas agora enquanto escrevo essa crítica é que percebo que núcleos centrais como o de Arondir e o povo das terras do sul, ou Durin e os anãos se quer apareceram. Sendo a única real surpresa pra mim, o fato de que os anãos realmente não cederam suas jazidas de mithril para os elfos, já que todo o roteiro vinha sendo extremamente previsível.
Enfim, Anéis de Poder foi bem decepcionante, especialmente para fãs da trilogia dos filmes e livros do Senhor dos Anéis. Decisões criativas bizarras, mistérios vazios, personagens que não se conectam com o espectador e um trama que parece nunca levar a nada, resumem a série mais cara e com o maior potencial, infelizmente desperdiçado, da história.
Nota: 4,5
Postar um comentário