Chegamos ao fim da mais nova série derivada do universo das "Crônicas de Gelo e Fogo", e já posso adiantar que o final da série fez jus a todos os episódios predecessores, já que após GoT, os fãs da série podem ter ficado pouco traumatizados com desfechos ruins.
Mas, devo admitir que o final não chega a ser tão glorioso ou impactante como o de algumas temporadas de Game of Thrones. Porém isso não é demérito nenhum, já que este último episódio conclui perfeitamente todos os arcos construídos na série até então, que se orientavam desde o início à "Dança dos Dragões".
SPOILERS ADIANTE
O ponto culminante do episódio é a morte brutal de Lucerys, filho do meio de Rhaenyra, agora já coroada rainha(para alguns). A cena é tensa e muito bela ,na medida do possível para uma série televisiva, sendo um dos confrontos de dragões mais fascinantes já produzidos. Porém, diferente de outras mortes no universo de GoT em geral, a de Lucerys não chega a ser tão impactante, pois o personagem não foi desenvolvido o suficiente para que tivesse um peso maior.
Mas aqui estou adiantando um pouco os acontecimentos. O episódio começa já com a chegada de Rhaenys em Dragonstone, notificando Rhaenyra da morte de seu pai, vulgo o Rei. Porém, a noticia do golpe de estado lhe provoca um parto precoce, que acaba por mostrar novamente a força da personagem em um momento de fraqueza, já que infelizmente a criança nasce morta. Mas não há tempo para o luto, então logo assume seus deveres de rainha, de acordo com o que seu pai Viserys a preparou: não só governar, mas manter a paz o prosperidade do reino.
Logo começamos a ver uma dinâmica nova de conflito entre Daemon e Rhaenyra, que é jogada de escanteio nas maquinações estratégicas do marido, que já apronta todos seus aliados para a guerra. Dinâmica que cria um grande conflito para a protagonista, que tem que lidar com a lealdade de seus aliados por todos os espectros: seja dentro de sua família ou por todo seu reino.
O meio do episódio é um pouco angustiante, pois o pacifismo inicial da rainha é um pouco revoltante, já que sabemos de todas as tramoias arquitetadas pelos "Verdes", o que faz parecer que o episódio não está indo para frente, não está indo para a guerra. Mas logo toma ritmo e as coisas vão escalando rapidamente, culminando na trágica morte de seu filho, que demonstra a selvageria indomável que reside dentro dos dragões.
No geral, é um final bem consistente com tudo que foi trabalhado na série, mas provavelmente não será tão memorável assim conforme novas temporadas forem vindo e o tempo for passando. Mas deixa o caminho aberto para uma segunda temporada épica e eletrizante.
Nota: 8.0
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