Alien e A Mosca, as principais influências do diretor posta em um filme de terror com ficção assustadora que vemos que pode nos salvar também pode um dia voltar contra nós.


Após o ótimo Cronos, seu filme independente o deixou em evidência, principalmente por amizades como James Cameron que é mais pessoal do que imaginamos, claro que um dia ele seria levado para os grandes nomes de hollywood, e ao lado da Miramax com um orçamento de menos de 40 milhões, ele fez um filme de terror de monstros potente.

O enredo segue a história da Doutora Susan Tyler (Mira Sorvino) uma cientista que ao lado do seu colega e futuro marido Dr. Peter Mann (Jeremy Northam) ajudam Nova York em uma epidemia mortal transmitida pelas Baratas que matou várias crianças nesse período, os dois cientistas no entanto, conseguem achar a solução, onde criam “Geração Judas” (esse nome vai fazer muito mais sentido em breve) um bicho combinado com Louva-Deus e Cupim que foi um agente de extermínio contra as pragas. Após um tempo depois do fim da epidemia, contudo, vemos que o que os ajudava, agora também vai precisar ser eliminado.

O filme não traz uma inventividade na sua narrativa como muitos esperam trazer, sendo mais um daqueles filmes onde a criação se volta contra seu criador, mas há de salientar que mesmo simples, ele é eficaz, afinal não precisa ser nada do tipo extravagante para entregar um bom filme que dê para aproveitar o máximo que puder, Mutação tem uma boa história de fundo que aos poucos vamos descobrindo mais nuances sobre tudo o que acontece, o filme por ter uma edição muito boa com pequenas vinhetas que o diretor gosta ajuda bastante no dinamismo da obra, sem cansar o espectador ou coisa do gênero, por mais que ele seja “rushado” um pouco lá para os terços finais, não é nada a se preocupar.



Os personagens são interessantes a seu modo, o casal principal por exemplo fazem um excelentíssimo trabalho na relação e no meio de trabalho deles, a trama intercalada entre o pai engraxate e seu filho autista também é bem legal embora seja uma trama que se não estivesse ali não faria muita diferença não? Aliás, salientar o bom trabalho do ator Charles S. Dutton que fez o policial Leonard, mesmo que seja o tipo alívio cômico dessas histórias no estilo exagerado, ele ainda traz humanidade a mais para a obra.

O visual do filme é bem feito, criando uma Nova York ainda ressurgindo de uma catástrofe recente, junto da fotografia muito bem implementada onde cira toda a tensão do filme principalmente de baixo da estação de trem, junto disso temos o trabalho prático e gráfico, os monstros quando vocês ver eles de perto, vão se sentir desconfortáveis, mas não de um jeito ruim, mas assustadoramente mesmo, e isso é um elogio e tanto.


Conclusão: Um filme muito bom, Del Toro se mostra cada vez mais imaginativo com passar de seus audiovisuais e o bom para nós espectadores, é ver essa imaginação sendo posta em tela e gostando ainda.

Nota: 7,5 😁

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem