Aqui estamos com uma nova adaptação de jogos para os cinemas. E definitivamente, não estamos falando de uma que consegue trazer para as telonas a qualidade que se tem nos videogames. 

Nathan Drake (Tom Holland) e Sully (Mark Wahlberg) partem em busca de um grande tesouro, enquanto Nathan ainda tem esperanças de reencontrar seu irmão Sam. 

Antes de mais nada, é importante dizer que mesmo que seja uma adaptação dos games, sabemos que são duas mídias completamente diferentes. Então tentarei ao máximo não me apegar a tantos detalhes do jogos, e tentar analisar a obra apenas pelo que ela apresenta em tela. 

Comparando com outros blockbusters, esse filme tem uma duração curta, o que acaba ajudando na experiência, já que a história flui de uma maneira ágil, sem muito tempo para enrolações ou cenas sem muita necessidade. As motivações de cada personagem são bem definidas (mesmo que extremamente rasas), e quando tem alguma “reviravolta”, acontece também de maneira rápida, mesmo que previsível. 

O elenco da produção funciona relativamente bem. As grandes “surpresas” ficam por conta de Mark Wahlberg, e em menor parte, por Antonio Banderas. O primeiro, mesmo que com poucas (ou quase nenhuma) semelhança com sua parte nos jogos, traz carisma e uma boa dose de mistério a seu personagem. Já o segundo, é um vilão bem previsível, além de ter uma motivação rasa, mas talvez pelo porte do ator escalado, tem um tempo de tela relativamente grande, e ganha um pouco de desenvolvimento, mas não deixa de ser um vilão descartável. 

Já o grande protagonista Tom Holland não convence muito como Nathan Drake, e ainda tem elementos que nos fazem lembrar a todo momento de seu Homem-Aranha no universo cinematográfico da Marvel. De certa forma, no decorrer do filme, ainda estamos torcendo por ele, devido a seu carisma. Mas não podemos negar que ele não foi a melhor escolha para interpretar esse personagem.

Como um filme de ação, as lutas não tem uma grande coreografia. Não existe nenhum momento memorável, e tudo acaba acontecendo de uma maneira simples demais. As cenas do avião, amplamente mostrada nos trailers, exige demais da nossa descrença da realidade, podendo facilmente nos tirar do filme. Se o espectador conseguir ter essa descrença, pode curtir o momento.

Dirigido por Ruben Fleischer, mesmo diretor de Zumbilandia e Venom, o filme consegue garantir alguns momentos de diversão, mas acaba não se sustendo por si só. Não consegue se desvencilhar das produções duvidosas baseadas em jogos, e mesmo que não seja um filme horrível ou figure em listas dos piores, acaba devendo, e deixando a sensação de que poderia ser mais do que foi.

Nota: 4,5


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