Aviso: Esta crítica conterá pequenos spoilers. 

Esperando desde 2017 para continuação de "Turma da Mônica: Laços", finalmente estamos na presença de "Turma da Mônica: Lições". Lições, como Laços, é uma adaptação de uma Graphic Novel de mesmo nome, concebida pelos irmãos Vitor e Lu Caffagi, para o selo Graphic MSP.

Adiantando, que Lições consegue ser uma grande evolução de seu filme predecessor. Tanto em relação a evolução dos personagens durante o filme, como o próprio filme em si. E essa mudança pode ser refletida nos próprios plots do filme, onde Laços é uma história um pouco mais intimista, só com os 4 principais sendo o centro. Enquanto em Lições, a "verdadeira" adição do Bairro do Limoeiro e seus personagens, mesmo nessa aventura ainda um pouco centralizada ainda nos 4 personagens principais, ainda dá um toque grandioso e especial para o filme.

E esse toque é muito bem feito. Só de poder ver personagens como o Dudu (Giovani Nicholas), a Tina (Isabelle Drummond), ou o Do Contra (Vinícius Higo), e outros, e também a presença de uma personagem recente como a Milena (Emily Nayara), dá uma mágica à mais para o filme, mais além disso, a presença desse outros personagens durante a trama sempre vai servindo para um propósito dentro do filme, e contribuindo para o arco individual de crescimento de Mônica (Giulia Benite), Magali (Laura Rauseo), Cebolinha (Kevin Vechiatto) e Cascão (Gabriel Moreira) , e de alguma forma, até para seus crescimentos próprios. A maioria nunca só está lá para vender o filme com fanservice barato.

          

Crescimento, esse, que é o principal tema do filme, muito bem executado enquanto seguimos seus personagens tendo suas próprias experiências e "lições", no começo um pouco ruins, mas indo descobrindo que crescer não é de todo o mal, e que nem por isso você precise deixar de ser uma criança. Só acho que deveriam ter dado um foco maior nas "lições" do Cebolinha. Durante o filme, vemos a Mônica tendo que lidar com as experiências de estar numa escola nova, longe dos amigos, a Magali lidando com sua fome e ansiedade, e o Cascão com seu medo de água, mas os problemas de fala do Cebolinha nunca são realmente vistos, que não de uma forma mais cômica.

O humor é bom e consegue se dividir seu tempo de forma harmônica com  as partes mais emocionais do filme, de forma que um nunca se intromete dentro do outro, e as piadas acabem por ficar forçadas demais.

Um dos únicos problemas do filme é a apresentação de uma apresentação de um problema, estabelecido como quase impossível de se resolver, com o Franjinha, que mesmo ainda ter sido legal ver o personagem, ele, praticamente só serve para chegar "do nada" no filme, e resolver esse tal problema, mas isso é só um ponto, que não estraga realmente o filme.

Juntando tudo isso, o filme é uma pequena jornada emocional, mas com seus toques de humor sobre o crescimento tanto das crianças, quanto dos adultos, que pode fazer qualquer um se identificar com os acontecimentos do filme.

Nota: 9,0


Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem