Ultimo episódio da série do Universo Cinematográfico da Marvel(MCU) traz os primeiros vislumbres de Sam como Capitão América, encerra alguns arcos(pelo menos até aqui), e abre caminho para outros.


Chegando a conclusão após 6 episódios de forma bem satisfatória, logo no início somos apresentados ao Sam, finalmente, como Capitão América, o que de fato já era esperado, devido ao final do episódio anterior. Confesso que esperava uma apresentação um pouco mais chamativa, mas é apenas uma questão de opinião, e não de fato um defeito. Após todo o arco do Sam até aqui, é um ótimo fechamento parcial, já que o personagem ainda pode ter inúmeras participações dentro desse universo. Ele foi desenvolvido em quase todos os aspectos, desde sua relação com Buck, até problemas familiares, e, principalmente, todo o fardo que um personagem negro carrega com o uniforme que traz as cores da bandeira estadunidense.

Mas o personagem não teria jamais todo esse último arco, sem a incrível participação de Isaiah Bradley(Carl Lumbyl), personagem que já vestiu esse uniforme, e não teve o reconhecimento necessário pelo simples fato de ser negro. Já na parte final do episódio, o personagem ganha o merecido destaque e tem seu nome marcado na história, o que torna o maior acontecimento da série, e também um dos momentos mais emocionantes e marcantes no MCU.

Do outro lado, temos Buck(que pra mim é o grande destaque da série) finalizando um belo arco que teve início no primeiro filme do Capitão América em 2011, que além de ajudar muito o Sam, consegue realmente ficar em paz consigo mesmo, e ainda consegue redimir com as pessoas que foram influenciadas por tudo o que o Soldado Invernal já fez.


Também temos a finalização do arco dos apátridas, que apesar de crescer um pouco durante os episódios, é o ponto mais fraco de toda a produção. Karli Morgenthau(Erin Kellyman) é uma líder que que tem motivações coerentes, mas age de forma totalmente errada e impulsiva, e mesmo com o conselho de Sam, ainda insiste em não tomar as decisões corretas. A atriz entrega uma atuação competente, mas sua principal função na trama acaba sendo para que, mesmo indiretamente, nos revele uma Sharon Carter vilã. Durante os episódios anteriores, isso já era esperado, mas aqui de fato isso se concretiza. E em uma cena pós crédito, mostra que Sam cumpre sua promessa, e ela tem seu perdão, e mesmo assim, opta por continuar do lado errado.

Finalizando todos os arcos, finalmente John Walker(Wyatt Russel) se transforma no Agente Americano. Ele certamente foi o personagem mais comentado da série, cheio de nuances e atitudes questionáveis. O maior mérito de ter personagens assim sendo trabalhados em uma série, é que existe um tempo maior para desenvolve-lo, e deixar o personagem pronto para voos maiores. Esse também foi um dos maiores acertos da série, que tem seu fechamento aqui.

Falcão e o Soldado Invernal entrega uma temporada coesa, emocionante, que finaliza e abre novos arcos dentro do rico universo que a Marvel traz desde 2008.

Nota: 8,5





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