Longa do diretor Christopher Nolan consegue se sobressair nos aspectos técnicos e em seu ritmo, mas deixa a desejar na forma como seus personagens são trabalhados.
A história se passa durante a segunda guerra mundial, e fala sobre uma operação militar designada a resgatar muitos soldados aliados que foram encurralados nas praias de Dunquerque por tropas da Alemanha nazista.
Primeiramente, o diretor opta por uma abordagem mais “crua”, trazendo poucos diálogos, e assim dando mais destaque a trilha sonora. Tecnicamente, a escolha casa perfeitamente com a ideia do Christopher Nolan, mas acaba prejudicando um pouco, já que dificilmente conseguimos nos importar muito com os personagens.
Outro aspecto também muito bem trabalhado foi a forma de separar os personagens em três núcleos: terra, mar e ar. Inicialmente, o mais destacado acaba sendo o núcleo da terra, mas com o avançar da história, o roteiro equilibra melhor essas três partes. No final das conta, acabei gostando mais do núcleo do mar, apesar de ótimas cenas envolvendo perseguições de aviões.
No elenco, temos ótimos nomes como Tom Hardy, Kenneth Branagh e Mark Rylance, contracenando com nomes mais novos como Fionn Whitehead e Harry Styles. Como o foco da história é nós contar como essa operação militar ocorreu, com todo o drama dos sobreviventes e muitas cenas de ação, o desenvolvimento dos personagens ficou para um segundo ou terceiro plano, então aqui não temos atuações memoráveis. Mas isso não pode ser tratado como um defeito, já que nunca foi a proposta do diretor. Minha percepção foi de que o Christopher Nolan queria contar essa história com alguns rostos conhecidos, mesclando com nomes mais novos e promissores, mesmo que o foco não seja as atuações.
Dunkirk é um bom filme de guerra, com excelentes aspectos técnicos, uma trilha sonora competente e com ótimas cenas de ação, mas que faltou um toque mais emocional para que nós importássemos mais com seus personagens.
Nota: 7,5
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